Atividade de pesquisa no Brasil cresce 400% e se descentraliza desde 1993

Data: 19/08/2009

Atividade de pesquisa no Brasil cresce 400% e se descentraliza desde 1993


As atividades de pesquisa universitária se multiplicaram por cinco entre 1993 e 2008, lideradas pelo aumento de desempenho nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, informou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por meio do último Censo de Grupos de Pesquisa.

Dos 22.797 grupos de pesquisa registrados no censo de 2008, 48,8% estão localizados no Sudeste, 23.2% no Sul, 16,9% no Nordeste, 6,4% no Centro-Oeste e 4,7% no Norte. Respectivamente, em 1993, 68,5% dos grupos de pesquisa eram do Sudeste, 15,7% do Sul, 9,9% do Nordeste, 4,2% do Centro-Oeste e 1,7% do Norte.

Participaram do último censo, em 2008, 422 instituições, registrando 22.797 grupos de pesquisa compostos por mais de 104 mil pesquisadores, dos quais 66.785 são doutores.

Os dados de 1993 mostraram que estavam em atividade, na época, 221.541 pesquisadores, divididos em 4.402 grupos, localizados em 99 instituições.

No comparativo com o censo de 2002, ano em que o formulário tornou-se on-line, o crescimento do número de grupos cadastrados foi de 50%. O número de pesquisadores cresceu 83% e o de doutores 94% no mesmo período.

Hoje, o número de pesquisadores-doutores representa 64% dos pesquisadores, contra 51% em 1993.

Em 2008, as áreas de ciências humanas, ciências da saúde, engenharia e ciência da computação foram as com maior atividade, onde atuaram18,5%, 17,4% e 13,3% dos grupos, respectivamente. Em 1993, as três áreas que tiveram maior atividade foram: ciências biológicas, exatas e da terra e também engenharia e ciência da computação, com 20,2%, 16,2% e15,2%, respectivamente.

As áreas de pesquisa que despertam maior interesse desde o início do censo, em 1993, foram as ciências sociais aplicadas, ciências humanas e linguística e as de Letras e Artes, que cresceram, respectivamente, 1.150%, 870% e 790%.

A cada dois anos o censo é realizado, atualizando as informações sobre os grupos de pesquisa. Em seguida, os dados são processados e apresentados à comunidade científica e ao público, proporcionando um abrangente panorama sobre a capacidade de pesquisa do Brasil.

Dos pesquisadores cadastrados em 2008, 49% são mulheres e 51% são homens. Quando a liderança dos grupos é analisada, a participação feminina cai para 45%. Apesar disso, os números indicam uma evolução da presença feminina na realização de pesquisas. Se o critério comparativo for apenas por não-líderes, o percentual de mulheres supera o de homens: 51% contra 49%, respectivamente. Em 1993, de cada 100 pesquisadores, apenas 39 eram mulheres.

Fonte: Revista Sustentabilidade


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