CEF prepara cartilha para obtenção de selo de sustentabilidade

A Caixa Econômica Federal (CEF) vai lançar em novembro uma cartilha que orienta as construtoras como obter o selo Casa Azul, que classificará os projetos que comprovem menor impacto ao seu entorno social e ao meio ambiente, informou a assessoria de imprensa do banco.

Os 46 critérios analisados para a concessão do selo são agrupados em seis categorias: inserção urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, uso racional da água e práticas sociais.

A adoção do selo será voluntária e a CEF não oferecerá facilidades para o financiamento de empresas que adotem o selo.

O selo adota as classes ouro, prata e bronze, de acordo com o número de critérios atendidos pelo empreendimento. Para a obtenção do selo ouro, pelo menos 24 dos 46 critérios devem ser atendidos.

O selo prata exige 19 critérios atendidos, e o bronze 14 critérios.

A cartilha Guia do Proponente explicará os critérios e as exigências envolvidas em cada categoria.

Entre os critérios exigidos para o selo estão como o uso de madeira legal na construção, a implantação de medidores individualizados de água e gás nos condomínios e o uso de sistemas de aquecimento solar, itens obrigatórios que a Caixa já adota nos financiamentos atuais.

A comprovação do uso de madeira legal em novos contratos de financiamento de empreendimentos habitacionais vem sendo exigido pelo banco desde janeiro de 2009, através da apresentação do Documento de Origem Florestal (DOF) pelas construtoras. Uma declaração constando o volume e a destinação dessas madeiras na obra também está sendo exigida.

Para assegurar que os investidores tenham condições de cumprir com essa exigência, o banco elaborou o Guia Ação Madeira Legal que será distribuído para os sindicatos das empresas de construção de todo o país.

Para o programa federal Minha Casa, Minha Vida, a CEF firmou parceria com o Grupo Neoenergia para a doação de aquecedores solares e lâmpadas eficientes na Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco e com o governo Alemão, por meio da Agência Alemã de Cooperação Técnica GTZ, que destinará cerca de 1 milhão de euros [R$ 2,6 bilhões"> para o Projeto Solar Brasil.

"Parcerias como essa contribuem para a promoção do desenvolvimento sustentável do país, pois evitam a criação de novas fontes provedoras de energia elétrica, como usinas hidrelétricas e termoelétricas e promovem a economia doméstica de energia, o que se traduz em benefícios econômicos, sociais e ambientais", pontuou a executiva do banco.

Fonte: revista Sustentabilidade


< voltar