Novo coagulante pode revolucionar tratamento da água

Data: 29/07/2009

Novo coagulante pode revolucionar tratamento da água


O gráfico da imagem mostra a eficiência na remoção de bactérias. A barra amarela indica a remoção através do uso de sulfato de alumínio comum; a verde, do coagulante chamado alumínio alemão e a pink – a mais efetiva – com alumínio contendo um átomo de gálio.

Apenas com a substituição de um único átomo em uma molécula amplamente usado para purificar a água, pesquisadores da Sandia National Laboratories, com sede nos Estados unidos, criaram um descontaminante muito mais eficaz com efeito residual superior aos produtos atualmente no mercado. A Sandia está em busca de uma patente sobre esse produto, que auxilia na remoção bacteriana, viral e de outros contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes em águas fluviais submetidas a tratamento para consumo humano e também em esgotos antes de sua destinação final no ambiente.

“O desafio de suprir o consumo humano está aumentando em todo o mundo ao mesmo em que escasseiam os mananciais em boas condições,” disse a pesquisadora principal do Sandia, May Nyman. “Avanços tecnológicos como este podem ajudar a resolver problemas enfrentados pelas instalações de tratamento de água tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento”, completou.

O estudo foi publicado em junho último, na revista Ciência & Tecnologia ambiental (uma publicação da American Chemical Society) e virou manchete na edição de 22 de junho da Chemical & Engineering News. A Sandia está trabalhando com uma indústria de produtos químicos de tratamento de água para explorar o potencial comercial do novo composto. Ele é feito pela colocação de um átomo de gálio no centro de um cluster de óxido de alumínio, coagulante comumente usado na purificação de água, diz Nyman. A substituição não é executada átomo por átomo usando a Pinça nanoscópica mas través de um simples processo químico de dissolver os sais de alumínio na água, colocar os sais de gálio em uma solução de hidróxido de sódio e lentamente adicionando a solução de hidróxido de sódio à de alumínio ao aquecimento.

“A substituição de um átomo de alumínio por um de gálio nesse composto faz uma grande diferença,” disse Nyman. “Melhora muito a estabilidade e a eficácia do reagente. Fizemos testes com uma variedade de produtos comercialmente disponíveis. Em quase todos os casos, a nossa performance foi melhor sob uma ampla gama de condições”, revelou a especialista, acrescentando que elas são inevitáveis ao se lidar com uma fonte de água natural como um rio. “Você obtém flutuações sazonais e diariamente na química de pH, temperatura, turbidez e outras características da água. Um rio no Novo México tem condições muito diferentes do as de um rio em Ohio.

O coagulante da Sandia atrai e retem melhor os contaminantes porque mantém uma carga eletrostática mais confiável do que a de coagulantes convencionais sem gálio. Por outro lado essa adição tem sido caracterizada como inofensiva pelos pesquisadores.

“A substituição química (de um átomo de gálio em lugar de um átomo de alumínio"> tem sido estudada por colaboradores da Sandia na Universidade da Califórnia, em Davis, mas ninguém nunca colocou este conhecimento para usar em um aplicativo, como a remoção de contaminantes da água, como microorganismos,”, disse Nyman. O projeto foi concebido e todos os estudos de tratamento de água foram executados na Sandia, disse Nyman, que trabalhou com o microbiólogo Tom Stewart.

A Sandia é um laboratório de multiprogramas operado pela Sandia Corporation, uma empresa Lockheed Martin, para administração nacional de segurança nuclear.


Fonte: agua on line


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