Município recebe verba de R$ 75 milhões para saneamento

Data: 24/07/2009

Município recebe verba de R$ 75 milhões para saneamento


O município de Teixeira de Freitas, em parceria com o Governo Federal e o Governo Estadual, conseguiu a liberação de uma verba totalizada em R$ 75 milhões para execução de obras de esgotamento e saneamento básico no município.

Compreende-se por saneamento básico a coleta de resíduo sólido, drenagem de águas fluviais e esgotamento sanitário, que é a coleta e tratamento de rede de esgoto. O Governo Federal está aplicando uma verba de R$ 40 bilhões em todo país para realização de obras de esgotamento e saneamento básico. A Embasa deteve uma parcela de R$ 2 bilhões, o que é muito significativo, uma vez que 5 % do valor aplicado em todo país está sendo investido no Estado da Bahia.

Em virtude de seu crescimento, Teixeira de Freitas foi uma das cidades contempladas para a execução das obras, sendo realizado um contato direto entre o prefeito municipal Padre Apparecido Staut e o governador Jacques Wagner para liberação dos recursos.

Segundo o secretário de Infra-estrutura e Transporte, Flavio Sampaio Arruda, uma boa parte das obras de esgotamento e saneamento básico já foram iniciadas nos bairros Caminho do Mar, Nova América e Castelinho, onde na primeira etapa será feita a parte da estação de tratamento de esgoto, e futuramente será tratado todo esgoto da cidade. “Isso prevê a construção de algumas estações elevatórias, ou seja, o local onde o esgoto será bombeado e conduzido para as partes altas e encaminhado para estação de tratamento”, explicou o secretário.

Ainda segundo o secretário, essa verba já estava prevista para ser destinada ao município, uma vez que o projeto-base já havia sido elaborado pela Embasa e demandado. Este valor, que terá em sua primeira etapa uma parte do recurso aplicada nos bairros Castelinho, Caminho do Mar e Nova América, sendo que a segunda etapa começará a partir do mês de outubro.

Flavio Arruda explica ainda que a cidade não possuiu uma rede de esgotamento sanitária adequada, já que são feitas por manilhas, sendo que na verdade a Prefeitura faz um emergencial para aquelas pessoas que tinham fossa, e que chegaram ao final de sua “vida útil”, não tendo mais local para lançar o esgoto de sua residência. A Prefeitura realiza provisoriamente um lançamento do esgoto na sequência de rede que existe no município, o que não é correto devido às questões ambientais, uma vez que o Governo mudou o termo saneamento básico para saneamento ambiental demonstrando preocupação com as consequências das obras no setor ambiental.

Segundo cálculos do secretário, a conclusão das obras está prevista para o prazo de dois anos, já que o recurso está locado. Para ele o recurso é uma grande conquista, pois o valor se compara à arrecadação anual do município, que dificilmente teria condições de destinar o valor referido apenas para obras de esgotamento sanitário.

A Embasa ficará responsável pela execução das obras, já que ela detém o poder de explorar o serviço de esgotamento sanitário no município, água e esgoto, a Embasa cobrará uma taxa pela prestação dos serviços de esgotamento, a cobrança da taxa será com base no consumo de água de cada residência, ou seja, quanto maior o consumo de água da residência, maior será a o valor a ser pago pelo serviço de esgotamento. “Esta é uma forma de fazer com que populares racionem a água que é usada no dia-a -dia, esse processo faz com que os usuários reflitam sobre a questão econômica para não pagar uma tarifa acima da média. O esgoto precisa ser tratado e para isso existe um custo. Espero que a população entenda”, disse o secretário.

Toda obra de esgotamento sanitário, por menor que ela seja, causa transtorno, pois é necessário escavar, interditar ruas etc. Por isso, quando se prevê o custo da implantação, automaticamente já se analisa o custo da reposição da pavimentação removida. Neste caso esse custo recairá sobre a Embasa que fará a manutenção das vias públicas por onde as obras passarão. Estima-se que os transtornos acontecerão a nível reduzido, já que a cidade é plana e tem um solo arenoso de fácil escavação, sendo assim quanto mais rápida for a escavação, mais rápido os tubos serão implantados, e assim por diante.

O Secretário Flavio Sampaio Arruda acredita que com a implantação dessas obras haverá também uma melhoria no setor da saúde e do meio ambiente. “Temos áreas excelentes que podem ser transformadas em áreas de lazer, mas devido ao fato de serem local em que o esgoto passa, não dá para transformá-la em um local propício ao lazer. Com a retirada do esgoto dos córregos, toda essa área se tornaria um espaço que poderá ser recuperado, pois são poucas as nascentes de nosso município, que por sua vez possui um grande número de esgotos que são despejados em córregos da cidade”, disse.

O secretário também adiantou que o esgoto será tratado e destinado a um corpo receptor que tenha capacidade de absolver o volume de água que será gerado diariamente pela população, que neste caso seria o rio Alcobaça, e a estação de tratamento ficará próxima ao bairro Vila Feliz, onde todo o esgoto vai ficar concentrado. Ele explica que a concentração em uma só estação reduz o custo de manutenção da rede. “Iremos colocar estações elevatórias para bombear o esgoto até a estação de tratamento”, informou Flavio.

Sobre os resíduos sólidos, o secretário afirmou que no aterro sanitário da cidade é colocado o lixo que é coletado seletivamente dentro de uma vala impermeável, que evita o contato direto e a contaminação do solo, sendo jogado na lagoa de tratamento que faz o tratamento inicial que é concluído no receptor. Toda decomposição gera gases, e esses gases também são tratados, diminuindo uma porcentagem na poluição ambiental.

Vale ressaltar que as redes serão especificadas. Serão implantadas duas redes: uma de drenagem para água da chuva e uma rede sanitária para o esgoto residencial. “Se deixarmos a água da chuva, que é uma água limpa. Se misturada à do esgoto, ambas serão destinadas à estação de tratamento, criando um grande volume de água para ser tratado, e isso não pode acontecer. Quanto menor a quantidade de esgoto, mais fácil será o tratamento”, concluiu o secretário de Infra-estrutura e Transporte, Flavio Sampaio Arruda.

Fonte: Sul Bahia News



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