Uso da água no mundo

Data: 14/07/2009

Uso da água no mundo


A IBM anunciou os resultados do Global Innovation Outlook (GIO) sobre Água - uma série de fóruns de discussão realizados ao longo do ano passado em diversos países, que reuniu centenas de especialistas em gerenciamento de água para compartilhar conhecimento e debater estratégias de como aumentar a eficiência dos sistemas mundiais de água. O último encontro foi realizado no Brasil - em novembro, no Rio de Janeiro. Cientistas, acadêmicos, empresas e governos de diversas cidades do mundo participaram das sessões que revelaram que a sociedade e as empresas estão enfrentando alguns desafios complexos no que diz respeito ao entendendimento e gerenciamento dos recursos hídricos do planeta. A falta de dados viáveis e práticos foi identificada como o principal inibidor do gerenciamento eficaz de água.

A empresa realizou também um estudo que revelou uma lacuna crescente dentro de empresas e organizações no que diz respeito a reconhecer os problemas relacionados à água e gerenciar os processos cada vez mais complexos envolvendo o tema. A maioria das empresas pesquisadas classificou o gerenciamento de água como uma prioridade, mas não possui os processos e sistemas necessários para administração e controle. Por exemplo: 77% dos entrevistados disseram que o gerenciamento de água era extremamente crítico para suas empresas, mas 51% declararam não ter diretrizes formais de implementação. Além disso, 63% dos executivos não têm acesso a sistemas integrados de suporte de decisão e gerenciamento de água.

“Independente da indústria ou geografia, a necessidade de um gerenciamento mais inteligente de água é um problema enfrentado por todas as empresas e governos do mundo”, disse Sharon Nunes, Vice-Presidente de Inovações Big Green da IBM. “Sem conhecimento suficiente sobre os fatores de curto e longo prazos que afetam o suprimento e uso de água – problemas complexos tais como acesso, qualidade, custo e reutilização – o risco de falhas cresce cada vez mais", completa a executiva.

Principais Resultados do GIO sobre Água:
- Não é possível gerenciar o que não se pode medir. Recursos hídricos são pouco entendidos e amplamente mal-gerenciados. São necessários mais dados para entender completamente como a água é utilizada pela indústria, agricultura e indivíduos. O uso de água precisa ser monitorado e medido para que as ineficiências possam ser identificadas. Tanto os dados quanto as análises resultantes devem ser compartilhados entre governos, acadêmicos e a indústria.
- A água é uma parte integral de praticamente todos os outros sistemas do planeta, incluindo comércio, alimentos e produção de energia. A água é utilizada para fazer tudo, desde eletricidade até automóveis. Dessa forma, as complexas interações entre esses sistemas precisam ser melhor entendidas para embasar decisões políticas e econômicas.
- Apesar de ser o recurso natural mais valioso do planeta, a água é frequentemente gratuita e muito barata, diferente de alimentos ou energia. Isso leva ao desperdício e ao uso incorreto. Mas existem modelos viáveis que combinam direitos humanos à água e estruturas de preço que poderiam reduzir o desperdício.
- Nem todos os dados sobre água são caros de se coletar. Na verdade, muitos já existem, em porções e pedaços, espalhados pelo mundo inteiro. Eles só precisam ser coletados, coordenados e compartilhados.
Um exemplo de uma colaboração de sucesso que promove a coleta útil de dados em setores públicos e privados é o projeto SmartBay Galway na Irlanda. O projeto coletará fluxos de dados em tempo real sobre qualidade de água, condições oceânicas e costeiras e conteúdo químico, oferecendo maior suporte para indústrias locais e para o meio-ambiente marítimo e a economia da Irlanda.
- A tecnologia desempenhará um papel importante no fornecimento de água para bilhões de futuros moradores de áreas urbanas. Uma infra-estrutura inteligente – incluindo medição em tempo real, sensores em canos e reparo automático – fornecerá soluções para viabilizar uma adequada urbanização.


O estudo completo pode ser visto em http://www.agendasustentavel.com.br/images/pdf/002587.pdf

Fonte: Agenda Sustentável



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