A CBI lança, no Brasil, relatório sobre mudanças climáticas

O relatório da CBI - Confederação das Indústrias Britânicas tem um tom muito interessante: feito por empresários e para empresários, ele não se propõe a discutir se a ciência está certa ou errada sobre a alteração do clima. A conclusão é que existe a possibilidade de que o clima esteja sendo afetado pela emissão de gases na atmosfera e é muito mais proveitoso modificar os processos produtivos atuais, para diminuir a emissão de carbono, do que arcar com os custos dos desastres que as mudanças no clima podem trazer.

John Hutton, ministro de Negócios, Empreendimentos e Reforma Regulatória no Reino Unido, acredita que se trata de um simples manejo de risco. “Se tomarmos as medidas necessárias e a ciência estiver errada, em 2051 estaremos tão ricos quanto seríamos em 2050 sem tomar as medidas: é um preço razoável a se pagar”, assegurou durante o lançamento do relatório.

Tanto John Hutton como Martin Broughton, presidente da Confederação da Indústria Britânica do Reino Unido, acreditam que a necessidade de adaptação é, na verdade, uma oportunidade. A busca pela sustentabilidade pode gerar 25 milhões de empregos no mundo nos próximos anos, duas vezes mais do que uma economia baseada em combustíveis fósseis.

Para a Inglaterra, a medida mais urgente a ser tomada é a diminuição do impacto causado pelas residências. A construção de casas com paredes duplas, para reter o calor, será incentivada pela redução de impostos. A meta do país é diminuir em 60% sua emissão de carbono até 2050, enquanto a União Européia pretende produzir 20% de energia renovável até 2020.




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