Inovação tecnológica terá crédito a juro baixo

Data: 15/06/2009

Inovação tecnológica terá crédito a juro baixo


Dentro de duas semanas estará no mercado, à disposição das empresas que faturam até R$ 60 milhões anuais, uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que vai financiar a contratação de serviços relativos à inovação tecnológica.

Com juro de 1% ao ano e pagamento em até 48 parcelas pré-fixadas, o cartão chega em uma boa hora, avalia o assessor Marcos Vinicius de Souza, da Secretaria de Tecnologia Industrial, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Sustentabilidade deixa de ser uma ação de responsabilidade social para ser uma medida estratégica”, ilustra Marcos Vinicius.

O anúncio foi feito nesta semana. Também foi anunciado o fim da Secretaria de Tecnologia Industrial e sua substituição, nos próximos 30 dias, pela Secretaria de Inovação Tecnológica. Para o vice-presidente da Associação Nacional de Pesquisa & Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Carlos Calmanovici, a notícia é animadora porque há projetos inovadores no Brasil que merecem ser incentivados.

Já existe uma série de casos de sucesso de empresas brasileiras com inovação tecnológica. Ao fazer o próprio inventário de emissões de gases de efeito estufa, a Celulose Irani, por exemplo, conseguiu neutralizar o processo, o que a transformou de devedora a credora de créditos de carbono emitidos pelo Protocolo de Kyoto.

A empresa já é certificada ‘Carbono Neutro’ graças ao plantio e ao manejo florestal realizado com responsabilidade ambiental e graças à execução de projetos segundo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo das Nações Unidas (ONU). Também é pioneira com o projeto ‘Irani Wastewater Methane Avoidance Project’, primeiro no mundo de tratamento de efluentes totalmente aeróbico, aprovado pela ONU.

Igualmente, a Dedini, que é líder mundial no fornecimento de tecnologias e soluções para o setor sucroalcooleiro, já conta com projetos de ponta visando sustentabilidade. Por meio da tecnologia, a empresa propõe um novo conceito de usinas de açúcar e etanol, que gere receita com menos insumos e, conseqüentemente, com menor emissão de gases de efeito estufa e de efluentes, além de preservar a integridade física das pessoas envolvidas a partir de equipamentos mais seguros.

Na área automotiva, a Fiat tem o Fiat Concept Car II totalmente desenvolvido no Pólo de Desenvolvimento Giovanni Agnelli, em Betim, no estado de Minas Gerais, e símbolo das novas soluções de mobilidade com materiais alternativos, reutilizáveis e não poluentes. O motor elétrico é alimentado por 93 baterias de íon lítio, que podem ser recarregadas em qualquer tomada 220V. Com autonomia de até 100 km, desenvolve 59 kW (80,2cv) e torque máximo de 220 Nm (22,9kgfm).

A carroceria é de fibras naturais de fontes renováveis para ter menor impacto ao meio ambiente e da nanotecnologia para fazer peças mais leves e resistentes. Os painéis de carroceria, como o capô, por exemplo, foram injetados em composto com nanoargila, a chave de fenda que acompanha o kit de ferramentas foi injetada em plástico reciclado com fibras de curauá e sisal.

Peças como reparos, discos de freio, molas e montantes de suspensão receberam revestimentos organometálicos isentos de metais pesados. A espuma que reveste os bancos foi feita com 30% de poliol de óleo de soja reciclado.

No segmento têxtil, a Rhodia tem o fio Emana, produzido com base em poliamida 66, com características que conferem ao tecido propriedades que proporcionam o bem-estar, por meio da estimulação do metabolismo da pele e regiões adjacentes. O mecanismo de ação do produto envolve a absorção/emissão de ondas na região do infravermelho longo, ativadas pela transmissão de temperatura ao contato com o corpo humano.




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