Debate sobre sustentabilidade e desertificação encerra o seminário nacional Nordeste: Água, Desenvolvimento e Sustentabilidade

Data: 08/06/2009

Debate sobre sustentabilidade e desertificação encerra o seminário nacional Nordeste: Água, Desenvolvimento e Sustentabilidade


Sustentabilidade ambiental e desertificação são temas correlatos. Por isso, o assunto foi debatido no último painel do seminário nacional “Nordeste: Água, Desenvolvimento e Sustentabilidade”, que ocorreu em Salvador entre 04 e 05/06. O evento é realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o governo da Bahia, por meio do Instituto de Gestão das Águas e do Clima da Bahia (Ingá), e celebrou o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta sexta-feira, dia 5.

Representando a Embrapa Semiárido, o engenheiro ambiental Iêdo Sá apresentou o panorama do crescente processo de desertificação do Semiárido. O pesquisador afirmou que o problema da região não é a falta de chuvas, mas a má distribuição das precipitações durante o ano. Segundo Sá, várias atividades provocam a desertificação do Semiárido, como: o manejo do solo por meio de queimadas e o sistema tradicional de produção, que explora conjuntamente agricultura e pecuária.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH), Francisco de Assis Filho, a política de recursos hídricos é um dos aspectos da política de convivência com a seca. Segundo o dirigente, a água é um elemento indutor do desenvolvimento: “As pessoas precisam de água para beber, mas também para produzir”. Para o presidente da ABRH, para que as políticas públicas sejam eficientes é necessário reconhecer a heterogeneidade do território nordestino.

Em sua fala, o coordenador da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) na Bahia, Naidison Baptista, reforçou que sua instituição tem trabalhado para a captação de água da chuva para a produção pelos habitantes da região. “O Semiárido não é uma terra de incompetentes, mas uma terra em que as pequenas comunidades, os pequenos agricultores, são capazes de produzir conhecimento para conviver com a seca”, destacou.

O diretor-presidente da Companhia de Engenharia Ambiental da Bahia (Cerb), Cícero Monteiro, contribuiu ao pontuar os trabalhos desenvolvidos pela instituição, principalmente no que se refere à construção de barragens, à perfuração de poços artesianos e à construção de cisternas na Bahia, principalmente durante o governo de Jaques Wagner.



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