Poluição e degradação da qualidade da água avançam no mundo

Data: 03/06/2009

Poluição e degradação da qualidade da água avançam no mundo


Apesar dos avanços em algumas regiões, a poluição dos recursos hídricos em escala global está aumentando. Mais de 80% dos esgotos dos países em desenvolvimento são despejados sem nenhum tratamento, contaminando assim rios, lagos e áreas costeiras.

Muitas indústrias – algumas delas conhecidas por serem altamente contaminantes (tais como indústria do couro e químicas) – estão se trasladando dos países com altos níveis de faturamento aos países de economias emergentes.

Ainda que para as populações rurais da Ásia tenha sido projetado um crescimento estável para os próximos 20 anos, as populações urbanas terão aumentado provavelmente em 60% antes do ano 2025, o que afeta as projeções acerca da escassez dos recursos hídricos.

De maneira global, o problema mais comum que diz respeito à qualidade da água é a eutrofização, resultado de grandes quantidades de nutrientes (principalmente fósforo e nitrogênio) oriundos da poluição, especialmente por esgotos domésticos lançado sem tratamento em mananciais usados no abasteicmento de cidades, o que deteriora substancialmente os usos mais nobres da água.

Em 1998, aproximadamente 90% das espécies marinhas e costeiras do Mar Báltico estavam ameaçadas por uma perda da área ocupada ou redução da qualidade da água devido à eutrofização, à contaminação, à indústria pesqueira e assentamentos.

Atualmente, cerca de 70 milhões de pessoas em Bangladesh estão expostas a águas que contem mais de 10 microgramas (limite máximo da Organização Mundial da Saúde) de arsênico por litro. A poluição natural da água potável por arsênico é considerada atualmente como uma ameaça com mais de 140 milhões de pessoas afetadas em 70 países de todos os continentes.

Um estudo recente sobre água potável realizado na França estimou que mais de 3 milhões de pessoas (5,8% da população) estavam expostas a águas cuja qualidade não está conforme com os estandares da Organização Mundial da Saúde (OMS) (por nitratos, 97% das amostras não obtiveram conformidade).

Pesquisas realizadas em vários países tem detectado a presença de resíduos de medicamentos em muitos dos principais rios do mundo, especialmente aqueles que cortam grandes metrópoles. Os mais preocupantes são resíduos de hormônios, anticoncepcionais, moderadores de apetite, antidepressivos e estimulantes sexuais por não serem conhecidos ainda seus efeitos cumulativos.

Na Itália até mesmo traços de cocaína já foram detectados em amostras colhidas no principal manancial da capital italiana. Isto sem falar dos sinais preocupantes de contaminação das águas subterrâneas por vazamentos de postos de gasolina.







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