Inaugurado em São Paulo o primeiro laboratório público no país para análises de dioxinas e furanos

Data: 03/06/2009

Inaugurado em São Paulo o primeiro laboratório público no país para análises de dioxinas e furanos


A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, inaugurou em 29.05, o primeiro laboratório público do país com capacidade para analisar dioxinas e furanos e um dos únicos equipados com espectrômetro de massa de alta resolução, utilizado para a análise mais refinada desses poluentes.

Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano, a unidade representa um avanço na área de tecnologia ambiental, oferecendo autonomia na detecção desses dois grupos de poluentes que integram a lista das substâncias orgânicas persistentes, conhecidas como POPs, produtos altamente tóxicos e cancerígenos. “Com este laboratório demos um salto de qualidade, retomando a liderança na área de tecnologia ambiental e causando um impacto significativo na gestão do conhecimento”, afirmou o presidente da agência, Fernando Rei.

Segundo Maria Inês Sato, gerente do Departamento de Análises Ambientais, este laboratório aumenta a capacidade analítica da empresa e poderá prestar serviços a todo o país e à América Latina.

As dioxinas e furanos são geradas pela combustão incompleta - incineração de resíduos perigosos e hospitalares, queimadas, queima de madeira e carvão -, e durante a manufatura de certos pesticidas - compostos clorados - e de processos resultantes da produção de papel. Essas substâncias também são encontradas em emissões veiculares - principalmente as de veículos a diesel - e fumaça de cigarro.

O laboratório foi montado com recursos do Ministério do Meio Ambiente e do governo estadual, totalizando 1,4 milhões de reais. O espectrômetro de massa de alta resolução, com valor aproximado de 800 mil dólares, foi doado pelo governo japonês, através de um programa de cooperação internacional.

Os doze sujos

As dioxinas e furanos integram a lista dos chamados “doze sujos”, a qual segundo a deliberação da última Conferência das Partes - COP4 -, da Convenção de Estocolmo, ocorrida no início desse mês, passou a contar com mais nove novas substâncias poluentes. A Convenção, assinada em maio de 2001 por 100 países, entre os quais o Brasil, visa controlar o uso, produção e liberação dos compostos orgânicos persistentes os quais são encontrados nos cinco continentes e na Antártida e podem ser transportados pelo ar, água e espécies migratórias.



< voltar