Reserva no AM ganha casa flutuante ecologicamente correta
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, no Amazonas, acaba de ganhar uma casa flutuante ecológica com capacidade para receber até 20 pessoas. Com 12 metros de largura e 18 metros de comprimento, o flutuante foi costruído em Tefé, a cerca de 70 km de onde ficará estacionado, na Reserva Amanã. Para rebocá-lo, foram necessários três barcos.
Tudo na casa foi construído levando em conta o meio ambiente: a eletricidade disponível dentro dela é 100% fotovoltaica, ou seja, gerada a partir da luz solar. A energia é suficiente para iluminar as instalações, bem como para manter operante o rádio para comunicação e o refrigerador para alimentos.
A água usada nas torneiras e chuveiros é captada da chuva e do próprio rio onde a construção está instalada. Filtros garantem que a água esteja limpa para o consumo. Há tanques que permitem armazenar até 5.700 litros de chuva.
O esgoto, antes de ser devolvido à natureza, passará por um sistema de tratamento que ainda será instalado. As telhas que cobrem a casa, apesar de parecerem comuns, são feitas de plástico PET reciclado. Elas pesam cerca de um sexto das telhas de barro, observa o coordenador de operações do Instituto Mamirauá, Josivaldo Modesto.
A estrutura de madeira consegue se manter acima da água graças às toras de assacu que tem em sua base. É uma madeira que, quanto mais tempo fica na água, mais dura fica, conta Modesto.
A casa flutuante tem a função principal de servir de alojamento para pesquisadores, mas poderá receber também agentes de fiscalização que visitem a Reserva Amanã. Essa reserva estadual, junto com a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Parque Nacional do Jaú formam o corredor central de unidades de conservação do Amazonas, a maior área contínua protegida de floresta tropical do mundo.
O novo flutuante foi construído com recursos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, repassados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O instituto já dispunha de outros 15 flutuantes para as reservas que administra, mas este é o primeiro a ser projetado com todos estes recursos ecologicamente corretos.
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