Ibama multa Alunorte em R$ 12 milhões por acidente ambiental no Pará
Um relatório do Instituto Evandro Chagas, do último dia 12, indicou que o acidente ambiental provocou alterações físicas e químicas na água do rio Murucupi, o que levou a situações de risco à saúde das populações que vivem na área e à diminuição da biodiversidade. Matéria de João Carlos Magalhães, da Agência Folha, em Belém.
O acidente foi detectado no dia 27 do mês passado, depois de fortes chuvas terem causado o transbordamento de uma bacia de resíduos do beneficiamento da bauxita minério rico em alumina. O material vazado era extremamente alcalino, devido ao uso de soda cáustica no processo, e alterou o pH de trechos do rio.
Logo após o vazamento, o órgão federal puniu a empresa em R$ 5 milhões, apenas pelo lançamento dos detritos. A nova multa se baseou nas conclusões do relatório, que apontaram os efeitos do acidente.
Em entrevistas feitas pelos técnicos do Evandro Chagas logo após o acidente, moradores da região que tiveram contato com a água reclamaram de inflamações na pele.
Todas as comunidades [..."> ficaram prejudicadas sem que fossem observadas medidas emergenciais, afirma o relatório. Os técnicos também viram peixes mortos, mas não em grandes quantidades.
Nesta quarta-feira, a reportagem procurou a assessoria da Alunorte para comentar a multa da qual pode recorrer e dar sua versão sobre o vazamento. Até a conclusão desta edição, não houve resposta.
Antes, a empresa já havia dito que suas operações seguem a legislação ambiental, e que o laudo não aponta de maneira cabal uma relação entre o acidente e a morte dos peixes.
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