Sanepar planeja saneamento na região Norte para os próximos 50 anos
Fonte: AEN. PR
Para definir os investimentos nos serviços de água e de esgoto no Norte do Estado e garantir o abastecimento público nos próximos 50 anos, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) está elaborando um Plano Diretor de Recursos Hídricos a região. O planejamento é composto pelos Planos Diretores de Abastecimento de Água (PDAA), de Esgotamento Sanitário (PDES) e de Resíduos de Saneamento (PDRS).
Este plano diretor é resultado de uma grande parceria entre a Sanepar e as prefeituras da região e reforça o trabalho que fazemos em busca de planejamento de longo prazo, explica o diretor de Investimentos, João Martinho.
Ele destaca que o objetivo é manter o atendimento à população atual e futura. Esta é uma região que apresenta bom desenvolvimento, é próspera e com perspectivas de mais crescimento. disse. O diretor destaca ainda a preocupação do setor de saneamento neste momento, devido à crise enfrentada por diversos estados brasileiros.
NA PRÁTICA Os estudos contratados e coordenados pela Sanepar começaram em abril de 2014 e têm previsão de término em três anos. O trabalho abrange municípios localizados no chamado Eixo Norte, com um estudo completo de 18 sistemas de esgotamento sanitário, entre eles os de Londrina, Maringá, Apucarana, Arapongas, Cambé, Rolândia, Jacarezinho e Wenceslau Braz, e 13 sistemas de abastecimento de água, contemplando uma população, hoje, de 1,5 milhão de habitantes.
Além disso, serão apresentados balanços hídricos de outros 245 sistemas de água e de esgoto localizados em 12 bacias hidrográficas Itararé, Cinzas, Paranapanema 1, 2 e 3, Paraná 1 e 2, Tibagi, Pirapó, Piquiri e Ivaí.
SISTEMAS INTEGRADOS O objetivo é definir os futuros mananciais para os sistemas de abastecimento de água e os corpos receptores dos efluentes do esgoto de uma forma combinada, analisando a possibilidade de integração dos sistemas, tornando-os cada vez mais viáveis, flexíveis e com maior segurança operacional, diz Marisa Scussiato Capriglioni, gerente de Projetos Especiais da Sanepar.
Para fazer todo o levantamento, uma equipe multidisciplinar formada por biólogos, engenheiros de diversas áreas, hidrólogos, demógrafos e outros profissionais, vai a campo para analisar com profundidade o funcionamento de cada um dos sistemas.
De acordo com Marisa, o estudo de cenários é fundamental para a Sanepar planejar adequadamente e, em tempo hábil, a expansão dos sistemas para garantir o abastecimento com regularidade e qualidade.
Para isso, serão analisados investimentos dentro de cenários mais favoráveis até cenários mais catastróficos, como uma situação de estiagem extrema. O planejamento faz parte do trabalho da Sanepar ao longo de sua história. Não podemos correr o risco de sermos pegos desprevenidos pelas condições climáticas. Estamos fazendo a nossa parte, diz Marisa.
Com relação ao esgotamento sanitário, para atender plenamente a legislação ambiental, cada vez mais restritiva, a Sanepar vai contar com novas tecnologias que assegurem maior eficiência nos sistemas de tratamento de esgoto.
Outro ponto importante é o estudo da destinação adequada dos resíduos de saneamento aqueles decorrentes dos processos de tratamento de água e de esgoto que também será analisado de forma integrada com vistas ao atendimento à legislação ambiental e de forma sustentável.
DESAFIOS Um dos desafios que o Plano Diretor deve apontar refere-se ao lançamento dos efluentes de esgoto em rios. Hoje, a Sanepar atende 65% da população do Paraná com coleta e tratamento de esgoto e tem metas de universalização do serviço.
Com o aumento da população e a consequente expansão dos sistemas, haverá um aumento significativo dos efluentes tratados, que deverão ser absorvidos pelos rios, o que irá requerer maior capacidade de diluição deste material, afirma o engenheiro Marcos César da Silva, coordenador de Projetos Especiais da Sanepar para as Regiões Norte e Nordeste.
Na avaliação dos técnicos da Sanepar, para que o planejamento tenha eficácia, será preciso o comprometimento de toda a sociedade. É um Plano Diretor para o saneamento que precisa ser levado em conta nas revisões dos planos municipais de urbanismo, considerando as áreas de preservação destinadas a futuros mananciais. Vai ser preciso equacionar os interesses de crescimento econômico com os da necessidade de abastecimento público e garantia da qualidade dos rios, avalia Marisa.
Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em: http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br
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