Brasil tem potencial para gerar 1,3 GW de energia elétrica a partir dos resíduos sólido
Fonte: Abrelpe
Segundo estimativa da ABRELPE, que engloba a geração a partir de gás de aterro e recuperação energética de rejeitos, quantidade é suficiente para abastecer mais de 20 milhões de pessoas
Diante de um possível racionamento de energia, volta à pauta a discussão sobre fontes alternativas que possam contribuir para incrementar a matriz energética do País. De acordo com dados inéditos da ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil tem potencial para gerar 1,3 GW de energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos. Esse número equivale a um fornecimento adicional de cerca de 932.000 MWh/mês, o suficiente para abastecer 6 milhões de residências ou mais de 20 milhões de pessoas.
Essa estimativa bastante conservadora que considera o potencial de geração de eletricidade a partir do biogás gerado pelos aterros sanitários e também a recuperação energética dos rejeitos. Trata-se de uma energia limpa e renovável, explica Carlos Silva Filho, diretor-presidente da ABRELPE.
O levantamento da entidade mostra que, se os resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil tivessem uma destinação final adequada em aterros sanitários, seria possível gerar até 536 MW de energia a partir do biogás produzido. Na maioria dos aterros em operação no Brasil, esse gás hoje é apenas captado e queimado, portanto, sem exploração de seu potencial energético.
De forma complementar ao biogás, há ainda a possibilidade de se gerar energia por meio da recuperação energética de rejeitos, ou seja, através do tratamento térmico do material que não pode ser reaproveitado ou reciclado. Neste caso, o potencial chega a 742 MW, considerando que, de acordo com a ABRELPE, 17% da composição dos resíduos sólidos urbanos são rejeitos, o equivalente a 13 milhões de toneladas por ano.
Além do potencial de geração de energia, é importante frisar que a adoção de tais soluções traz outros benefícios, como a adequação de um problema de saneamento ambiental, já que envolve a regularização da destinação final dos resíduos, a diminuição do uso de combustíveis fósseis nas usinas termelétricas e a redução das emissões de gases de efeito estufa, que pode chegar a quase 13 milhões de toneladas de CO2 equivalentes por ano, acrescenta Silva Filho.
Principal processo de recuperação energética de rejeitos, o tratamento térmico foi durante muito tempo questionado. Entretanto, com o avanço das tecnologias existentes, essa solução passou a ser utilizada em larga escala em diversos países, como os Estados Unidos e Japão, bem como em nações da Europa. Trata-se de uma alternativa viável principalmente para centros urbanos que não dispõem de áreas para a instalação de aterros sanitários, finaliza o diretor-presidente da ABRELPE.
Sobre a ABRELPE (www.abrelpe.org.br)
Criada em 1976, a ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais é uma associação civil sem fins lucrativos, que congrega e representa as empresas que atuam nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Sua atuação está pautada dentro dos princípios da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável e seu objetivo principal é promover o desenvolvimento técnico-operacional do setor de resíduos sólidos no Brasil.
Comprometida para o equacionamento das demandas decorrentes da gestão de resíduos, a ABRELPE desenvolve parcerias com poder público, iniciativa privada e instituições acadêmicas e, por meio de campanhas, eventos e premiações, busca conscientizar a sociedade para a correta gestão dos resíduos.
No contexto internacional, a ABRELPE é a representante no Brasil da ISWA - International Solid Waste Association e sede da Secretaria Regional para a América do Sul da IPLA (Parceria Internacional para desenvolvimento dos serviços de gestão de resíduos junto a autoridades locais), um programa reconhecido e mantido pela ONU através da UNCRD - Comissão das Nações Unidas para Desenvolvimento Regional.
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Diante de um possível racionamento de energia, volta à pauta a discussão sobre fontes alternativas que possam contribuir para incrementar a matriz energética do País. De acordo com dados inéditos da ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil tem potencial para gerar 1,3 GW de energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos. Esse número equivale a um fornecimento adicional de cerca de 932.000 MWh/mês, o suficiente para abastecer 6 milhões de residências ou mais de 20 milhões de pessoas.
Essa estimativa bastante conservadora que considera o potencial de geração de eletricidade a partir do biogás gerado pelos aterros sanitários e também a recuperação energética dos rejeitos. Trata-se de uma energia limpa e renovável, explica Carlos Silva Filho, diretor-presidente da ABRELPE.
O levantamento da entidade mostra que, se os resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil tivessem uma destinação final adequada em aterros sanitários, seria possível gerar até 536 MW de energia a partir do biogás produzido. Na maioria dos aterros em operação no Brasil, esse gás hoje é apenas captado e queimado, portanto, sem exploração de seu potencial energético.
De forma complementar ao biogás, há ainda a possibilidade de se gerar energia por meio da recuperação energética de rejeitos, ou seja, através do tratamento térmico do material que não pode ser reaproveitado ou reciclado. Neste caso, o potencial chega a 742 MW, considerando que, de acordo com a ABRELPE, 17% da composição dos resíduos sólidos urbanos são rejeitos, o equivalente a 13 milhões de toneladas por ano.
Além do potencial de geração de energia, é importante frisar que a adoção de tais soluções traz outros benefícios, como a adequação de um problema de saneamento ambiental, já que envolve a regularização da destinação final dos resíduos, a diminuição do uso de combustíveis fósseis nas usinas termelétricas e a redução das emissões de gases de efeito estufa, que pode chegar a quase 13 milhões de toneladas de CO2 equivalentes por ano, acrescenta Silva Filho.
Principal processo de recuperação energética de rejeitos, o tratamento térmico foi durante muito tempo questionado. Entretanto, com o avanço das tecnologias existentes, essa solução passou a ser utilizada em larga escala em diversos países, como os Estados Unidos e Japão, bem como em nações da Europa. Trata-se de uma alternativa viável principalmente para centros urbanos que não dispõem de áreas para a instalação de aterros sanitários, finaliza o diretor-presidente da ABRELPE.
Sobre a ABRELPE (www.abrelpe.org.br)
Criada em 1976, a ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais é uma associação civil sem fins lucrativos, que congrega e representa as empresas que atuam nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Sua atuação está pautada dentro dos princípios da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável e seu objetivo principal é promover o desenvolvimento técnico-operacional do setor de resíduos sólidos no Brasil.
Comprometida para o equacionamento das demandas decorrentes da gestão de resíduos, a ABRELPE desenvolve parcerias com poder público, iniciativa privada e instituições acadêmicas e, por meio de campanhas, eventos e premiações, busca conscientizar a sociedade para a correta gestão dos resíduos.
No contexto internacional, a ABRELPE é a representante no Brasil da ISWA - International Solid Waste Association e sede da Secretaria Regional para a América do Sul da IPLA (Parceria Internacional para desenvolvimento dos serviços de gestão de resíduos junto a autoridades locais), um programa reconhecido e mantido pela ONU através da UNCRD - Comissão das Nações Unidas para Desenvolvimento Regional.
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