Rio passa a ter programa Produtor de Água

Data: 12/05/2009

Rio passa a ter programa Produtor de Água


Uma parceria entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, o Instituto Estadual do Meio Ambiente do Rio, o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Guandu, a Prefeitura Municipal de Rio Claro, o Instituto Terra de Preservação Ambiental e a ONG The Nature Conservancy (TNC) lançou ontem, em Rio Claro (Sul Fluminense), o programa Produtores de Água e Floresta, com o objetivo de remunerar produtores rurais pela restauração florestal e manutenção de florestas "em pé" de suas propriedades.

A proposta é a proteção e manutenção da Bacia Hidrográfica do Guandu e consiste no pagamento pelos serviços ambientais providos pelos proprietários rurais da região, que passam a ser denominados Produtores de Água e Floresta. Parte dos recursos para o pagamento é proveniente dos grandes usuários de água da Bacia Hidrográfica do rio Guandu, coletado pelo Comitê da bacia.

A área piloto do programa tem aproximadamente 5 mil hectares e está localizada na microbacia do rio das Pedras, situada no alto da Bacia do Guandu, no município de Rio Claro, onde nasce o Rio Piraí - considerado o mais importante rio do sistema Guandu.

A Bacia do Guandu, que também recebe água transposta do Rio Paraíba do Sul, é responsável por cerca de 80% do abastecimento de água e 25% da geração de energia elétrica para a região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, beneficiando aproximadamente 7 milhões de pessoas.

O valor a ser pago pode chegar até R$ 60 por hectare/ano, dependendo das particularidades de cada propriedade. Esse valor foi calculado de acordo com o custo de oportunidade local, localização e qualidade das florestas conservadas, atingindo valores equivalentes à receita líquida que os produtores rurais teriam se utilizassem a terra para outros usos, como a pecuária de corte ou leiteira. Em alguns casos, os proprietários poderão receber até R$ 6 mil pela área total inserida no projeto.

Os critérios utilizados para a escolha dos proprietários participantes foram: intenção de conservação ou restauração, quantidade de áreas prioritárias para a produção de água dentro da propriedade, estado de conservação de suas florestas e estar na área de abrangência do projeto, ou seja, na microbacia do rio das Pedras, inserida dentro da bacia do Rio Piraí.



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