Diversidade em ciência é destacada por presidente da DFG
A globalização é um processo muito complexo e que tem se mostrado fundamental para a pesquisa científica. A pesquisa precisa do pluralismo, da fricção e do debate de ideias, do contraste entre teorias opostas, pois é isso tudo que torna as descobertas surpreendentes possíveis, disse Peter Strohschneider, presidente da Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG), na primeira conferência da FAPESP Week Munich, proferida na quinta-feira (16/10), em Munique, na Alemanha.
Precisamos desse pluralismo, dessa desorganização do conhecimento científico, por assim dizer, se quisermos criar conhecimentos novos e inovadores. Nesse sentido, o prospecto da cooperação científica além das fronteiras funciona melhor quando a diversidade de culturas científicas é preservada, disse.
Segundo Strohschneider, facilitar essa cooperação além das fronteiras regionais e nacionais deve ser uma das principais tarefas das agências de fomento à pesquisa, mas se trata de uma questão muito intrincada, uma vez que os sistemas de ciência e tecnologia nacionais têm muitas diferenças em suas organizações de fomento, dispositivos legais, regras, procedimentos e em outras características.
É importante que essas diferenças sejam negociadas de modo a não comprometer as diversidades fundamentais para as parcerias em pesquisa. A globalização não torna a cooperação científica entre os países mais fácil, e sim mais difícil, pelo menos inicialmente, disse.
Strohschneider destacou que a busca pela colaboração que respeite as diversidades e leve a novos conhecimentos tem direcionado as atividades de cooperação científica da DFG.
Nesse cenário, a parceria que mantemos com a FAPESP desde 2006 é algo que consideramos especial, por permitir a criação de novas oportunidades de colaboração entre pesquisadores da Alemanha e do Estado de São Paulo, disse.
Três chamadas de propostas de pesquisas já foram lançadas por meio do acordo de cooperação entre a FAPESP e a DFG.
São Paulo também tem um significado especial para a DFG, pois foi na capital paulista que, em 2011, abrimos um escritório voltado à colaboração com a América Latina, disse Strohschneider.
agência fapesp
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