Novo selo de responsabilidade socioambiental

Data: 04/05/2009

Novo selo de responsabilidade socioambiental


O Congresso Nacional da Associação Brasileira do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa) é considerado o encontro mais importante do país no segmento de direito ambiental. Este ano, em sua nona edição, o evento deu uma grande contribuição para a saúde das mulheres com o lançamento do novo selo de responsabilidade socioambiental da associação.

A iniciativa visa fomentar as discussões sobre o uso abusivo de agrotóxicos nos processos de produção de alimentos, o que, de acordo com estudos nacionais e internacionais, pode ser um fator de risco para o câncer de mama.

Essa é a doença que mais causa mortes na população feminina brasileira e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as vítimas mais atingidas são mulheres que moram em países industrializados, por conta do meio ambiente poluído.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca/MS) veio reafirmar o dado, mostrando que o fator genético-hereditário é responsável por, no máximo, 10% das mortes causadas pelo câncer de mama. No restante dos casos, predomina os fatores ambientais.

Para incentivar as discussões sobre o assunto, a Abrampa vai estender o projeto do Selo Abrampa de Responsabilidade Socioambiental para os 27 estados brasileiros, onde os promotores de justiça de cada local promoverão discussões sobre o tema, formando, assim, uma grande rede nacional de prevenção ao câncer de mama.

Além disso, a associação vai divulgar todas as ações e resultados do projeto através do site, onde também existe um fórum para que sejam feitas discussões e, ainda, denúncias sobre o tema.

Segundo a Procuradora de Justiça aposentada, Maristela Simonin, iniciativas como essa são importantíssimas para pressionar o poder público a promover mudanças na nossa legislação, que ainda é arcaica em relação ao uso de substâncias agrotóxicas em alimentos. “É importante que as leis respeitem o princípio da precaução. Isso significa não apenas fiscalizar, mas mudar a legislação e reavaliar a utilização dessas substâncias”, afirmou.


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