CASAN apresenta Plano de Investimentos em seminário promovido pela FIESC

Data: 06/10/2014


Estado com 5,2 milhões habitantes, Santa Catarina possui apenas 14% de coleta e tratamento de esgoto. Elevar para 45% a cobertura de esgotamento sanitário em sua área de abrangência é uma das metas da CASAN. O Plano de Investimentos da Companhia possui recursos já contratados junto a instituições financeiras nacionais e estrangeiras que superam 1,5 bilhão para o período 2013-2017.

Os dados foram apresentados pelo gerente de construção da Companhia, Fábio Krieger, no 2º Seminário Panorama da Infraestrutura de Saneamento em Santa Catarina. O evento foi realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), na sexta-feira (3), em Florianópolis.

“Ainda há um longo caminho a trilhar”, contextualizou o gerente de construção da CASAN, também destacando o importante momento da Companhia. Segundo ele, com índice de mais de 95% de oferta de água nos 200 municípios que atende, a CASAN direcionou seu Plano de Investimentos em grande parte ao esgotamento sanitário. Do total, 1,2 bilhão será aplicado na implantação de redes e construção de estações de tratamento de esgotos em 31 cidades.

Os recursos foram obtidos junto à Caixa, BNDES, Orçamento Geral da União e instituições internacionais de financiamento, como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a Agência Internacional de Cooperação Japonesa (JICA). A contrapartida da CASAN com recursos próprios já chega a R$ 250 milhões.

Grandes obras
No campo do abastecimento de água, um dos grandes projetos em andamento é a macroadutora do Chapecozinho, lembrou o gerente de construção da CASAN. O investimento é de R$ 200 milhões para implantação de uma adutora de um metro de diâmetro e 56 quilômetros de extensão, criando o Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Chapecó, Xanxerê, Xaxim e Cordilheira Alta.

“É uma obra muito importante para abastecimento na Região Oeste de Santa Catarina”, destacou Fábio Krieger. Há também investimento significativo na ampliação da principal estação de tratamento da CASAN, a ETA Morro dos Quadros, localizada em Palhoça.

Na Grande Florianópolis, a macroadutora de 1.200 milímetros que vai reforçar o abastecimento de água em São José, em Biguaçu e Florianópolis é uma das obras estruturais. Conectada a outras duas adutoras também em implantação (a da Beira Mar e a do Itacorubi), a rede vai reforçar o Sistema Integrado de Abastecimento de Florianópolis. São José, Garopaba e Criciúma são cidades que estão com amplos projetos de esgotamento sanitário já em implantação, exemplificou o gerente de construção.

Segundo Fábio Krieger, aumentar o número de contratos de programa, compatibilizar projetos de engenharia e necessidades operacionais e compatibilizar as aspirações com a viabilidade de implantação dos projetos são alguns dos desafios atuais da Companhia.

Saiba Mais

O Seminário
Promovido pela FIESC, o 2º Seminário "Panorama da Infraestrutura de Saneamento em Santa Catarina” está integrado aos esforços do Plano de Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria Catarinense.

Palestrantes
Representantes do Instituto SENAI/SC de Tecnologia Ambiental na Área de Saneamento, Instituto Trata Brasil, Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ), CASAN, Sabesp, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Agesan participaram como palestrantes.

Desperdício
Engenheiro da Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ), Raúl Trujilo Alvarez destacou em sua apresentação que no Brasil mais de 30% de toda a água tratada é desperdiçada durante a distribuição aos consumidores. No Sul, esse número é 36,4%. A perda é resultado de uma rede de tubulação antiga, mais suscetível a vazamentos, além de uma gestão pouco eficiente do sistema.

Eficiência energética
Representando a Sabesp, o engenheiro elétrico Celso Haguida mostrou como tem sido desenvolvido o projeto de eficiência energética e gestão de energia da companhia. Segundo ele, as 30 maiores unidades passaram por auditorias para avaliação da eficiência energética e os resultados vêm trazendo retorno considerável para a Sabesp.

Dados preocupantes
Trinta e cinco milhões de brasileiros (17%) ainda não têm acesso à água tratada. Além disso, 51% da população não possui coleta de esgoto – e apenas 38% do esgoto gerado no país é tratado. Os dados foram apresentados no seminário pelo presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.




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