CASAN apresenta Plano de Investimentos em seminário promovido pela FIESC
Estado com 5,2 milhões habitantes, Santa Catarina possui apenas 14% de coleta e tratamento de esgoto. Elevar para 45% a cobertura de esgotamento sanitário em sua área de abrangência é uma das metas da CASAN. O Plano de Investimentos da Companhia possui recursos já contratados junto a instituições financeiras nacionais e estrangeiras que superam 1,5 bilhão para o período 2013-2017.
Os dados foram apresentados pelo gerente de construção da Companhia, Fábio Krieger, no 2º Seminário Panorama da Infraestrutura de Saneamento em Santa Catarina. O evento foi realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), na sexta-feira (3), em Florianópolis.
Ainda há um longo caminho a trilhar, contextualizou o gerente de construção da CASAN, também destacando o importante momento da Companhia. Segundo ele, com índice de mais de 95% de oferta de água nos 200 municípios que atende, a CASAN direcionou seu Plano de Investimentos em grande parte ao esgotamento sanitário. Do total, 1,2 bilhão será aplicado na implantação de redes e construção de estações de tratamento de esgotos em 31 cidades.
Os recursos foram obtidos junto à Caixa, BNDES, Orçamento Geral da União e instituições internacionais de financiamento, como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a Agência Internacional de Cooperação Japonesa (JICA). A contrapartida da CASAN com recursos próprios já chega a R$ 250 milhões.
Grandes obras
No campo do abastecimento de água, um dos grandes projetos em andamento é a macroadutora do Chapecozinho, lembrou o gerente de construção da CASAN. O investimento é de R$ 200 milhões para implantação de uma adutora de um metro de diâmetro e 56 quilômetros de extensão, criando o Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Chapecó, Xanxerê, Xaxim e Cordilheira Alta.
É uma obra muito importante para abastecimento na Região Oeste de Santa Catarina, destacou Fábio Krieger. Há também investimento significativo na ampliação da principal estação de tratamento da CASAN, a ETA Morro dos Quadros, localizada em Palhoça.
Na Grande Florianópolis, a macroadutora de 1.200 milímetros que vai reforçar o abastecimento de água em São José, em Biguaçu e Florianópolis é uma das obras estruturais. Conectada a outras duas adutoras também em implantação (a da Beira Mar e a do Itacorubi), a rede vai reforçar o Sistema Integrado de Abastecimento de Florianópolis. São José, Garopaba e Criciúma são cidades que estão com amplos projetos de esgotamento sanitário já em implantação, exemplificou o gerente de construção.
Segundo Fábio Krieger, aumentar o número de contratos de programa, compatibilizar projetos de engenharia e necessidades operacionais e compatibilizar as aspirações com a viabilidade de implantação dos projetos são alguns dos desafios atuais da Companhia.
Saiba Mais
O Seminário
Promovido pela FIESC, o 2º Seminário "Panorama da Infraestrutura de Saneamento em Santa Catarina está integrado aos esforços do Plano de Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria Catarinense.
Palestrantes
Representantes do Instituto SENAI/SC de Tecnologia Ambiental na Área de Saneamento, Instituto Trata Brasil, Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ), CASAN, Sabesp, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Agesan participaram como palestrantes.
Desperdício
Engenheiro da Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ), Raúl Trujilo Alvarez destacou em sua apresentação que no Brasil mais de 30% de toda a água tratada é desperdiçada durante a distribuição aos consumidores. No Sul, esse número é 36,4%. A perda é resultado de uma rede de tubulação antiga, mais suscetível a vazamentos, além de uma gestão pouco eficiente do sistema.
Eficiência energética
Representando a Sabesp, o engenheiro elétrico Celso Haguida mostrou como tem sido desenvolvido o projeto de eficiência energética e gestão de energia da companhia. Segundo ele, as 30 maiores unidades passaram por auditorias para avaliação da eficiência energética e os resultados vêm trazendo retorno considerável para a Sabesp.
Dados preocupantes
Trinta e cinco milhões de brasileiros (17%) ainda não têm acesso à água tratada. Além disso, 51% da população não possui coleta de esgoto e apenas 38% do esgoto gerado no país é tratado. Os dados foram apresentados no seminário pelo presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.
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