Biomassa: Plano de energia aponta celulose como o maior mercado

Data: 23/09/2014


Uma consulta pública do Plano Decenal de Energia 2023, desenvolvido pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), apontou avanço de 6,1% ao ano na autoprodução de energia pela indústria, aumentando em dez anos para 91 TWh (terawatt-hora), com destaque para a cogeração.

A consulta revela que é no setor de celulose que a EPE espera o maior avanço da cogeração, quase dobrando a capacidade em dez anos, para 20 TWh em 2023. A expectativa é que neste setor a expansão de capacidade deverá ser integralmente atendida por cogeração.

É o caso da Fibria, que encontra na cogeração a oportunidade de forte geração de receitas este ano, com a venda do excedente de energia elétrica no mercado de curto prazo. "O preço da energia do jeito que está, acima de R$ 700 por MWh no curto prazo, vai incentivar empresas que não têm investimentos em cogeração a ter", acredita o presidente da Fibria, Marcelo Castelli. No primeiro semestre deste ano, a companhia produziu energia elétrica equivalente a 114% do seu próprio consumo. "É bom para o Brasil que haja incentivos para empresas que possam cogerar. O jeito que o mercado precifica atrai investimentos", afirma o executivo.

A petroquímica Dow, em parceria com a ERB (Energias Renováveis do Brasil), inaugurou em março deste ano uma planta de cogeração a base de biomassa de eucalipto em Candeias (BA). Com o projeto, a Dow substituiu 150 mil metros cúbicos diários de gás natural, num investimento de cerca de R$ 265 milhões. A unidade tem capacidade para produção anual de 1,08 milhão de toneladas de vapor e 108 mil MWh de energia elétrica. "O projeto contribuiu para o aumento da competitividade do complexo industrial e está alinhado com as metas de sustentabilidade da Dow", destaca o diretor-executivo da ERB, Paulo Vasconcellos.

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