Brasil se destaca em cenário mundial de energias renováveis

Data: 17/09/2014

Até 2030 crescimento brasileiro será maior do que o de países como Espanha, Alemanha e Itália

O Brasil se manterá forte no setor de energias renováveis até 2030, concluiu painel sobre a Matriz Energética Brasileira, realizado no dia 15 de setembro(segunda-feira), durante o primeiro dia da Rio Oil & Gas 2014. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que, em dez anos, a participação da energia eólica na matriz energética brasileira vai saltar de 2% para 10%, compensando o baixo crescimento das hidrelétricas no mesmo período. “Esses números comprovam a eficácia dos investimentos que têm sido feitos pelo Brasil em energia eólica”, afirmou o diretor da ANP Helder Queiroz. Impulsionado também pela maior utilização de biomassa, o crescimento de energias renováveis no país até 2030 será maior do que em países como Espanha, Alemanha e Itália, segundo Mark Finley, gerente- geral de Mercados Globais de Energia da BP.

De acordo com Antonio Eduardo de Castro, gerente-executivo de Estratégia Coorporativa da Petrobras, o equilíbrio entre as energias fósseis e renováveis também é um dos destaques brasileiros no cenário global. “Temos 55% de oferta de combustíveis fósseis e 43% de fontes renováveis. No mundo, 80% da oferta de energia primária vem de combustíveis fósseis, o que deve cair para cerca de 70% em 2030”.

De acordo com Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, a demanda por energia no Brasil crescerá 4% ao ano até 2023, número ligeiramente superior aos 3,8% de projeção de crescimento do PIB.

O Brasil deve manter o protagonismo no setor de petróleo, segundo os debatedores. “Hoje já extrapolamos a marca de 500 mil barris/dia, o pré-sal é uma realidade”, afirmou Helder Queiroz. Segundo Antonio de Castro, a Petrobras e seus parceiros serão responsáveis por um milhão de barris por dia em 2017. “Não há barreiras tecnológicas que impeçam a produção. O Brasil já é um exportador e, no mínimo, irá dobrar sua produção de petróleo nas próximas décadas”, disse, salientando que a previsão é que o país produza em média 5,2 barris/dia entre 2020 e 2030.

FAtor Brasil


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