Hidrovia do PR recebe investimento e vai ter capacidade 13 vezes maior

Data: 12/09/2014
A superintendência da administração da hidrovia do Paraná anunciou que está buscando modernizar e ampliar a estrutura existente na via, incrementando sua navegabilidade e o volume de cargas escoadas, para isso será preciso investir R$ 13,5 bilhões através do governo federal até 2025. Este volume de recursos projeta a implementação de duas das três fases do plano de melhoramento. A primeira dedicada ao corredor Paraná-Tietê e a segunda ao desenvolvimento do chamado Tramo Sul e do Corredor Ivaí da hidrovia. Todos os investimentos fazem parte de um estudo desenvolvido há um ano.

Com a viabilização dos projetos, o volume de cargas transportadas pela hidrovia deve passar das 6,2 milhões de toneladas, em 2012, para 51,9 milhões de toneladas em 2020, 55,8 milhões de toneladas em 2025 e atingir 81,5 milhões de toneladas em 2045. Entre os produtos que devem se beneficiar com maior uso da hidrovia estão produtos industrializados, com valor agregado, como a celulose e o etanol, e as commodities agrícolas como a soja, o milho e o farelo de soja.

Para Mato Grosso do Sul, o estudo lista um total de 13 projetos, avaliados em R$ 2,4 bilhões, para melhorarem as condições de navegabilidade da hidrovia. No rio Paraná, na primeira fase do plano, aponta a necessidade da construção de novas eclusas nas hidrelétricas de Porto Primavera e Jupia, a regularização do leito da hidrovia e a adequação das pontes Maurício Joppert, que liga o Bataguassu (MS) a Presidente Epitácio (SP) e Porto Camargo, que liga Naviraí (MS) a Icaraíma (PR).

Ainda nesta região sul-mato-grossense foi listada entre os projetos o uso do Canal do Bugre, em Guaíra (PR), como alternativa ao derrocamento do pedral resultado do afogamento do Salto das Sete Quedas pelo reservatório a hidrelétrica de Itaipu.

Os outros projetos para o estado estão previstos para serem realizados na segunda etapa do plano e preveem a regularização do leito, a sinalização e o balizamento do rio Amambai, a sinalização e o balizamento do rio Ivinhema, a construção de uma eclusa no Salto da Laranja, no rio Sucuriú, e neste mesmo rio a execução da regularização do leito, adequação da ponte na BR-158, além da sinalização e balizamento.

Está previsto ainda a ampliação de uso da hidrovia, atualmente em 1,6 mil quilômetros e que com a viabilização das três etapas do plano deve chegar a seis mil km. Comboios 3x2, com capacidade de até 8,7 mil toneladas, e de 2x1, de 2,9 mil toneladas, serão as barcaças mais adequadas para navegar neste trecho após os investimentos.




< voltar