Núcleo busca reduzir emissões de gases do efeito estufa
Pesquisas vão desvendar fontes emissoras de gases do efeito estufa
A USP inaugurou o Núcleo de Excelência em Pesquisas de Solo (Solofix). O objetivo da iniciativa é concentrar pesquisas sobre a fixação biológica de carbono e redução das emissões de gases do efeito estufa nos solos, proveniente do agronegócio produtor de biocombustíveis. O Solofix ficará alojado no Laboratório de Biogeoquímica Ambiental, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP. A inauguração aconteceu em 6 de junho e contou com a presença de autoridades da Universidade e diretores da Petrobras, que investiu R$ 1,1 milhão em obras de infraestrutura para adequar o laboratório.
Existem muitas pesquisas em andamento para desvendar as fontes emissoras de gases do efeito estufa, que emanam do solo, quando se avança a fronteira agrícola. Isso é importante porque antes da existência desses estudos nós só tínhamos referências internacionais como base, justificou Paulo Negrais Carneiro Seabra, coordenador do Programa Tecnológico para Redução de Emissões Atmosféricas da Petrobras.
O núcleo é um dos poucos do Brasil que estuda os gases que saem do solo e os estudos desenvolvidos no Solofix são referência no mundo todo e podem atender várias demandas da Petrobras, completou Seabra.
Fixar carbono no solo
A coordenação do núcleo de pesquisa ficará a cargo do professor Carlos Cerri, maior incentivador do projeto. Solofix significa fixar carbono no solo, que é uma das práticas mitigadoras de gases do efeito estuda. Hoje sabemos que o solo é dos principais sumidouros de gás carbono, afirmou.
Cerri informou ainda que o núcleo desenvolve projetos voltados às relações do agronegócio com o aquecimento global, particularmente na avaliação do ciclo de vida do etanol derivado da cana-de-açúcar, biodiesel de plantas oleaginosas, café, citrus, soja e outros bioprodutos. A inauguração do Solofix é um marco para este tipo de pesquisa no Brasil. E é interessante estarmos a inaugurando na semana do Meio Ambiente.
Em seu pronunciamento, a diretora do Cena disse que o núcleo vai permitir a continuidade de pesquisas nessa área. Estamos formando profissionais que futuramente continuarão buscando soluções para o efeito estufa e o aquecimento global. É um trabalho que requer métodos sensíveis, que são desenvolvidos com o tempo e aqui eles poderão continuar, afirmou a professora Tsai Siu Mui.
agência usp
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