Indústrias de Brasil e Japão discutem acordo de parceria econômica

Data: 04/08/2014
CNI e sua congênere japonesa, a Keidanren, devem entregar aos governos dos dois países proposição com objetivo de fortalecer laços comerciais e incentivar investimentos bilaterais em infraestrutura.

Dirigentes das indústrias de Brasil e Japão definiram um conjunto de prioridades para uma agenda de fortalecimento do comércio e da cooperação bilaterais. A principal é a construção da proposta conjunta de Acordo de Parceria Econônomia, em discussão entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) sua congênere japonesa, a Keidanren. Os termos do acordo serão debatidos durante o 17o Encontro Econômico Brasil-Japão, que ocorre em setembro em Tóquio, no Japão, e a proposta, apresentada aos governos de ambos os países

Na abertura da reunião dos dirigentes japoneses e brasileiros, realizada no dia 1º de agosto(sexta-feira), em Brasília, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lembrou os laços históricos entre Brasil e Japão e destacou as oportunidades de ampliação da agenda econômica. A CNI defende, por exemplo, avanços na discussão de acordos nas áreas de serviços, investimentos na indústria e em infraestrutura e na remoção de barreiras não tarifárias. “A CNI quer trabalhar com o Japão para identificar novas oportunidades”, afirmou Andrade.

Os empresários japoneses pediram maior abertura da economia brasileira e incentivos à transferência de tecnologia para ampliar investimentos na indústria. Também destacaram a importância de o Brasil avançar na reforma tributária, melhorar a infraestrutura e a qualificação de mão de obra. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, falou no encerramento do evento e apoiou esforços das indústrias dos dois países para concretizar medidas de incentivo ao comércio e ao investimento. “Os senhores estão reduzindo a distância geográfica, aproximando as indústrias dos dois países”, disse Shinzo Abe.

Cooperação – O presidente do Conselho de Infraestrutura da CNI, José de Freitas Mascarenhas, destacou que o Brasil precisa qualificar a sua pauta de exportação para o Japão, hoje concentrada em produtos primários. O caminho, segundo ele, é o incentivo ao comércio intraindústria de bens intermediários, que poderia se tornar mais viável uma vez selado o Acordo de Parceria Econômica, como desejam as indústrias dos dois países. “Temos que buscar acordos nas áreas de serviços e remover barreiras não tarifárias para incentivar o comércio”, ponderou.
revista Fator


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