Acesso ao conhecimento é a chave para promover a preservação da água, dizem especialistas

Data: 29/07/2014


O intercâmbio de informações e tecnologias que permitam a gestão sustentável dos recursos hídricos por meio da web é um dos temas do evento, no PTI.

Todo ano, novas tecnologias e pesquisas científicas se debruçam sobre o tema “água”: como preservá-la, como aproveitá-la da melhor forma, como recuperá-la e como garantir seu futuro. Debater essas informações e as melhores formas de compartilhá-las com as partes interessadas é o objetivo da 15ª Cúpula de Informações sobre a Água, que começou nesta segunda-feira (28), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu. O evento continua até quarta-feira (30).

Participaram da abertura do evento a coordenadora do Programa Hidrológico Internacional da Unesco para a América Latina, Zelmira May; a diretora do USAID-GLOWS/FIU, María Concepción Donoso; o diretor técnico do Parque Tecnológico Itaipu, Cláudio Issamy Osako; a diretora do Escritório Regional da Unesco para a Ciência; Lidia Brito, e o coordenador brasileiro do Centro Internacional de Hidroinformática e superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Cícero Bley Junior.


Para Bley Junior, a palavra-chave do evento é acessibilidade. “A humanidade tem o conhecimento necessário para preservar a água. O que precisamos é estabelecer sinergias e fazer com que todos tenham acesso a esse conhecimento”, disse. “A falta de informação sobre as águas deve ser combatida em todos os níveis”, ressaltou María Concepción Donoso.


Os demais integrantes da mesa de abertura enfatizaram a importância do desenvolvimento e da preservação por meio do conhecimento, e comentaram a forte presença de jovens na plateia. “O que vamos discutir tem tudo a ver com a nova geração, por isso é muito gratificante ver tantos jovens aqui, discutindo esses temas”, disse Lidia Brito.

“Sabemos que o CIH, o PTI, a Itaipu Binacional e toda essa região se caracteriza por ter muita gente nova nas universidades. Esta é uma boa oportunidade para incorporar sobretudo pessoas jovens que venham aportar um olhar fresco sobre os temas e os problemas”, destacou Zelmira May.

Palestra de abertura
O tema da primeira palestra da Cúpula foi a gestão inteligente dos recursos hídricos. Lidia Brito falou sobre o papel da Unesco em relação às mudanças globais e a segurança da água, com ênfase nas iniciativas desenvolvidas na América Latina e Caribe. Ela também apresentou a estratégia do Programa Hidrológico Internacional da Unesco de 2014 a 2021.

Programação
Na programação do evento estão inclusas as participações de especialistas da América do Sul, América do Norte, América Central e Caribe, e também a apresentação de estudos de caso de outros continentes. Nos próximos dias, além de palestras, os participantes terão acesso a minicursos sobre diversos temas ligados à água. A programação completa está no link www.waterwebconsortium.com/wis15/.


Também estão presentes representantes do Programa Hidrológico Internacional (PHI), Instituto Caribenho para a Meteorologia e a Hidrologia de Barbados, Comitê Intergovernamental dos Países da Bacia do Prata, Programa Erasmus Mundus, GLOWS, Agência Nacional de Águas (ANA) e Itaipu Binacional.



A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035 megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

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