Sabesp prevê universalização em 2018 em SP

Data: 17/04/2009

Sabesp prevê universalização em 2018 em SP


A ampliação dos serviços de saneamento básico no Brasil tem sido assunto recorrente entre o governo federal - sobretudo por conta das verbas disbonilizadas para as obras de infraestrutura no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - e as administrações estaduais e municipais do País. "A União, o Estado e as Prefeituras precisam trabalhar juntas para que o Brasil aumente significativamente os serviços de tratamento de água e esgoto", avalia Gesner Oliveira, presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Com patrimônio líquido de US$ 4 bilhões e 17 mil empregados, a Sabesp é considerada a maior empresa de saneamento do País. O Estado de São Paulo controla a empresa com 50,3% do capital e o restante (49,7%) está nas mãos da iniciativa privada. "Neste ano vamos investir R$ 1,6 bilhão em São Paulo", conta Oliveira.

O presidente da companhia lembra que em 2008 o volume de recursos aplicados foi de R$ 1,7 bilhão. "E queremos manter essa linha de investimentos para os próximos anos", diz o executivo.
O objetivo dos aportes bilionários é alcançar até 2018 a universalização dos serviços de saneamento (ou seja, captação, tratamento e distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos). "A Sabesp está fazendo um grande esforço para alcançar essa meta", diz Gesner Oliveira.

Hoje, a empresa já produz 100 mil litros de água por segundo e abastece mais de 26 milhões de pessoas, ou seja, 60% da população urbana do Estado de São Paulo - o número equivale a duas vezes a população da Bélgica. "As redes de distribuição de água e de coleta de esgotos já são bastante extensas em São Paulo", detalha Oliveira. Segundo a companhia de saneamento, unindo linearmente toda a rede de coleta de esgoto e distribuição de água da Sabesp seria possível dar duas voltas ao globo terrestre.

Projeto Tietê

Oliveira elenca alguns projetos importantes da Companhia para que o objetivo de universalização do saneamento em São Paulo seja alcançado. "Neste ano, começamos a terceira fase do ‘Projeto Tietê’, que vai até 2015", conta o executivo. "Serão US$ 800 milhões investidos nesta fase". A segunda fase do Projeto Tietê foi concluída no ano passado e, segundo dados da Sabesp, o montante de esgoto tratado na região do rio saltou de 63% para 71%. "Tivemos um grande avanço do rio Tietê", comenta Oliveira.

Outro projeto apontado pelo presidente da Sabesp é o ‘Onda Limpa’, com foco na região litorânea do Estado. "Vamos aplicar R$ 1,4 bilhão até 2011 neste programa", afirma. As obras do ‘Onda Limpa’ já estão em andamento e a meta é elevar o índice de esgotos coletados e tratados na região de 30% para 85%.

Parceria com a Fapesp

Oliveira adianta à Gazeta Mercantil que, em breve, a Sabesp irá firmar uma parceria com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). "Sabemos da importância de inovar e, para isso, é preciso investir em pesquisa, por este motivo estamos nos aproximando da Fapesp por meio de uma parceria", diz. O executivo afirma que a parceria ainda está sendo estudada. "Ainda não sei de quanto será o nosso aporte", afirma.

O executivo conta que a Sabesp também mantém parcerias com outras empresas estatais de saneamento básico, como em Maceió e no Espírito Santo. "Estamos convictos de que é preciso haver cooperação para também haver ganhos de escala", diz. O executivo detalha que é possível fazer algumas compras conjuntas, como de hidrômetros, equipamento usado para medir o consumo de água nas residências. "Unindo o pedido da Sabesp com o de outra empresa conseguimos valores melhores na compra", afirma.



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