Paraíba adere ao QUALIÁGUA e São Paulo firma contrato para divulgar dados sobre qualidade de água

Data: 06/09/2016
Fonte: ANA
A Paraíba é o mais novo estado a formalizar sua adesão ao Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (QUALIÁGUA) – iniciativa da Agência Nacional de Águas (ANA) que busca estimular a padronização dos métodos de coleta de amostras, parâmetros verificados, frequência das análises e divulgação dos dados em escala nacional. Publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 5 de setembro, o acordo terá vigência até 31 de dezembro de 2020.

Na Paraíba, a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA) será o órgão responsável pela realização das atividades previstas pelo QUALIÁGUA. A instituição receberá R$ 1,1 mil por ponto monitorado e com dados divulgados no estado, conforme o acordo de cooperação assinado com a ANA.

Também no Diário Oficial da União desta segunda-feira está publicado o contrato firmado pela ANA e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que prevê o repasse de R$ 4,75 milhões pelo cumprimento das metas de monitoramento e divulgação de dados de qualidade da água no âmbito do QUALIÁGUA.

Para 2016, estão previstos até R$ 337 mil mediante o cumprimento do cronograma de metas pactuado entre a ANA e a CETESB. Este contrato tem vigência de 60 meses e se encerrará em 28 de julho de 2021. No QUALIÁGUA, nove estados estão no mesmo estágio de São Paulo: Acre, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.

Com orçamento de aproximadamente R$ 15 milhões, o QUALIÁGUA também tem o objetivo de promover a implementação da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade de Água (RNQA) em todo o País. Os recursos da premiação pela divulgação dos dados serão repassados duas vezes a cada 12 meses mediante o cumprimento das metas de monitoramento e divulgação de dados, que levarão em consideração vários aspectos, como: o percentual de pontos da RNQA operados pelo estado, o número de parâmetros avaliados e o percentual de pontos operados com medição de vazão simultânea – este último para análise da carga de poluentes na água. Estas metas serão pactuadas entre a ANA e as instituições participantes.

Com adesão voluntária, o Programa parte do pressuposto que os dados de qualidade da água são importantes para diversos públicos, como: gestores públicos, pesquisadores, estudantes e empresas. Os parâmetros mínimos a serem coletados nos pontos de monitoramento envolvem aspectos físico-químicos (transparência, temperatura da água, oxigênio dissolvido, pH e Demanda Bioquímica de Oxigênio, por exemplo), microbiológicos (coliformes), biológicos (clorofila e fitoplâncton) e de nutrientes (relacionados a fósforo e nitrogênio).

No total, 23 unidades da Federação já aderiram voluntariamente ao Programa: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os acordos de cooperação técnica publicados no Diário Oficial da União formalizam a adesão.

RNQA

Criada em 2013, a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água propõe a padronização dos dados coletados, dos procedimentos de coleta e da análise laboratorial dos parâmetros qualitativos para que seja possível comparar as informações obtidas nas diferentes unidades da Federação. A meta é que até dezembro de 2020 todos os estados e o DF contem com um total de 4.450 pontos de monitoramento, dos quais aproximadamente 1,8 mil já estão em operação. Todos os dados obtidos pela RNQA serão armazenados no Sistema de Informações Hidrológicas (HidroWeb), da ANA, e serão integrados e divulgados através do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos (SNIRH).


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