Sabesp comenta resultados de seus projetos de PD&I em cooperação com a FAPESP

Data: 21/07/2016
Fonte: Anpei

O contexto social, ambiental e econômico-financeiro da atualidade impulsiona as empresas a trabalharem para melhorar sua eficiência. Uma das vias que leva as organizações ao encontro desse objetivo são as atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação (PD&I).

O segmento de saneamento no Brasil, fortemente atrelada ao setor público, caracterizada por investimentos elevados, pela predominância da verticalização da estrutura de prestação de serviços (economias de escala) é regulado oficialmente e envolve meio ambiente, saúde pública, inclusão social e cidadania. Historicamente, tem adotado atitudes conservadoras para o seu desenvolvimento, existindo baixa colaboração para desenvolvimento tecnológico e inovação, sendo considerado pelos analistas como “supplier dominated”, quanto à aquisição de tecnologias.

Com a Sabesp, até um passado recente, isso também não era diferente. A ação de PD&I externo era pouco internalizada, havia baixa apropriação dos seus resultados, poucos desdobramentos em termos de impacto, sendo que, até então, o esforço interno de PD&I era bastante tímido.

Assim, a Sabesp reorganizou internamente suas atividades de PD&I, visando canalizar, fortalecer, apoiar e suportar esforços nesse sentido, dotando-os de maior agilidade, integração e poder de ação, para obter resultados mais rápidos e consistentes, alinhados às demandas de seu mercado e ao seu planejamento estratégico. Para gerir tais atividades, uma área específica foi criada na Sabesp, surgindo em 2010 a Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – TX.

Foi firmado, então, acordo de cooperação entre Sabesp e FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, num primeiro momento com validade de cinco anos, até 2014, mas prorrogado até 2019, com orçamento previsto de R$ 50 milhões em recursos, que estão sendo desembolsados meio a meio pelas duas instituições. Em 2011, foi realizada a 1a chamada desse acordo de cooperação.

Onze projetos foram aprovados, envolvendo instituições como a Universidade de São Paulo – USP; a Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; a Fundação Getulio Vargas – FGV; o Centro Técnico Aeroespacial e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. Os temas dos projetos contemplam alternativas de tratamento; disposição e utilização de lodo de estações de tratamento de água e esgotos; monitoramento da qualidade da água; e eficiência energética, entre outros.

Com o know-how adquirido, nova chamada foi realizada em 2013 e nesta, as linhas de pesquisa foram mais detalhadas, contemplando com maior precisão necessidades específicas da Companhia, resultando na submissão de 37 propostas, as quais foram remetidas à FAPESP, responsável pela análise do mérito técnico científico delas.

Analisando os dados existentes no site da FAPESP na modalidade PITE (Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica), onde participam empresas como a Intel, Microsoft, Embraer, etc., constata-se que, em junho de 2013, a SABESP já ocupava o segundo lugar no ranking de projetos de PD&I financiados pela instituição de fomento, estando atrás somente da Vale S/A.

Em recente consulta (junho de 2016), os dados demonstram que a SABESP apresenta um andamento consistente de Projetos, liderando o ranking, como empresa com maior número de Projetos no PITE FAPESP. Dos 35 projetos em andamento na financiadora, a SABESP participa com sete, o que contabiliza 20% do total de projetos existentes atualmente na FAPESP.


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