Unesco e Sanepar realizam curso sobre controle de odor em ETEs

Data: 19/07/2016
Fonte: Unesco


Evento em Curitiba reúne experts internacionais e empregados da área do saneamento

Dois especialistas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) estão em Curitiba nesta semana treinando empregados da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) sobre o controle de odor em estações de tratamento de esgoto. A atividade faz parte de um convênio assinado em 2014 entre as instituições para a pesquisa e o desenvolvimento de bioprocessos no controle de odores em compostos orgânicos voláteis provenientes de estações de tratamento de esgoto (ETEs) operadas pela empresa.

O treinamento está sendo ministrado por profissionais do Instituto de Educação para as Águas (IHE), de Delft, na Holanda: Dr. Damien Kasperczyk e Dr. Piet Lens, professor e chefe do grupo de prevenção e controle da poluição na Unesco-IHE. “Nas ETEs em que é empregado o tratamento anaeróbio, há formação de gases odorantes e a Sanepar se preocupa com a redução desse material, sua geração, tratamento e gestão. A intenção é encontrar medidas para evitar e amenizar a formação destes gases. Estamos em busca de conhecimento com especialistas mundialmente reconhecidos nessa área”, diz o diretor da Diretoria de Meio Ambiente da Sanepar, Glauco Requião.

O gerente da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Sanepar, Gustavo Possetti, explica que a capacitação destina-se ao desenvolvimento e aprimoramento de técnicos, engenheiros e outros profissionais que atuam na área de pesquisa, projetos e processos operacionais de tratamento de esgoto. “O objetivo é melhorar a compreensão, o diagnóstico e a intervenção nos processos desenvolvidos, capacitando os empregados a internalizar e aplicar estas novas práticas”, afirma.

A pesquisadora Fernanda Janaína Oliveira Gomes da Costa conta que o evento auxilia o participante a compreender como identificar os principais pontos de emissão de gás sulfídrico (um dos principais causadores do odor característico de ETEs), estimar a taxa de emissão desse gás, qualificar e quantificar os problemas de odores, avaliar a eficiência de novas tecnologias e avaliar a viabilidade de modificações tecnológicas ou funcionais, entre outras ações. “Todas essas questões são importantes para um plano de gestão de odor que, bem aplicado, pode reduzir essa emissão”, diz.

Ela, Fernando Massardo, César Augusto Marin, todos empregados da Sanepar, também apresentam experiências da empresa ligadas à questão do odor de ETEs durante o evento. Além do treinamento, os professores estrangeiros também visitarão as ETEs Padilha Sul e Cachoeira e o Centro de Tecnologias Sustentáveis (CETS) da Sanepar, em Curitiba.


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