Tarifa de água no mundo é para todos os gostos

Data: 08/07/2016
Fonte: Sabesp


Desconto para banhos públicos no Japão e casas de repouso na Itália, sobretaxa no período de estiagem no Chile e na Espanha e cobrança por bairro de acordo com o valor do imóvel em Londres.

Estes são apenas alguns exemplos de como a tarifa de água varia no mundo, com cada região definindo preço e formato para garantir um bom serviço e financiar investimentos para sua manutenção e ampliação.

Nos Estados Unidos, a água é mensurada em galões e pés cúbicos, ao invés do litro e metro cúbico, como nos outros países. Um pé cúbico é igual a 0,028 m3 e um galão equivale 3,78 litros. São Paulo, um dos diferenciais é a cobrança especial para favelas (R$ 0,58 o m3), que é ainda menor do que a chamada tarifa social (R$ 0,76 o m3).

Já em Londres, a Thames Water oferece aos clientes que não têm hidrômetro tarifas fixas diferenciadas por região. Para calcular a tarifa, o cliente deve multiplicar a taxa fixa da sua área pelo valor tributável do imóvel. Os consumidores londrinos também pagam diferencial pelo diâmetro da tubulação que traz água para o imóvel, o que acontece em muitos países.

No Chile, a estação mais seca vai de 1º de dezembro a 31 de março. Nessa época, chamada de Período de Punta, é cobrada pela Águas Andinas a taxa extra para o sobreconsumo. Essa sobretaxa de estiagem também existe em algumas cidades da Espanha, como Madrid, no período de 1º de junho a 30 de setembro.

Na maioria dos países, a tarifa do esgoto é igual ou maior do que a da água, mas há cobranças diferenciadas. Os alemães, por exemplo, têm de pagar tarifas bem altas pelo serviço de coleta e transporte de águas fecais e lodo fecal para a empresa Berliner Wasserbetriebe.

Na França, a Eau de Paris comercializa, além das tubulações normais, água potável em garrafas e cobra por visitas, estandes de degustação, filmagens e fotos em suas instalações. A EPAL, em Lisboa, divide as faixas tarifárias em escalões e a empresa oferece descontos diferenciados para grupos familiares com famílias de cinco pessoas ou mais. E também cobra a taxa Adicional C.M.Lisboa, equivalente a 17% da água, para compensar consumos de interesse público, como lavagem de ruas, jardins e chafarizes públicos.

O preço também é um fator que varia bastante e uma pesquisa publicada pela Global Water Intelligence em 2015 mostra que a tarifa da Sabesp para a faixa residencial normal de até 10 m3 está em 222º lugar entre 351 cidades do mundo. Entre os países da lista com tarifas menores, a maior parte é de locais onde os serviços são precários e concentrados em grandes cidades.


Pesquisa anual realizada pela Global Water Intelligence – publicada em 2015 utilizando a tarifa média em US$ - https://www.globalwaterintel.com/

Também há casos onde as tarifas são subsidiadas pelos governos, o que dificulta uma política de investimento no setor. Um exemplo foi a Argentina nos últimos anos, com preços mantidos muito abaixo da realidade, o que sucateou a AySA. Para recuperação, a empresa este ano teve que fazer um reajuste de quase 300%.

Além da tarifa que varia conforme o volume de água consumida, muitos países também cobram taxas fixas e impostos sobre a conta final. No caso de São Paulo, incidem apenas impostos federais, o ICMS não é cobrado sobre a água. Em termos de Brasil, a tarifa da Sabesp também está entre as mais baratas, ficando em 6º lugar no País:


Comparativo de tarifas para faixa de consumo Residencial Normal até 10 m3. Das empresas que têm tarifas menores do que a da Sabesp, a Caesa, de Macapá, ainda não fez seu reajuste anual em 2016.


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