Sabesp participa de Seminário Internacional de Controle de Perdas

Data: 07/07/2016
Fonte: Sabesp


Uma prioridade perseguida há mais de duas décadas, a redução de perdas foi intensificada durante a pior seca que o estado de São Paulo passou em 2014-2015. O sucesso dessa experiência será tema da palestra “As perdas no contexto de uma crise hídrica: ações antes, durante e depois – consequências e resultados – Experiência na Região Metropolitana de São Paulo”, que será feita pelo diretor Metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, na abertura do I Seminário Internacional de Controle de Perdas e o Enfrentamento da Escassez Hídrica.

O diretor financeiro da Sabesp, Rui de Britto Álvares Affonso, e o diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente, Edison Airoldi, serão mediadores de mesas de debate na quarta-feira. Jerson Kelman, presidente da companhia, fará a mediação dos debates na manhã de quinta-feira, enquanto o diretor de Sistemas Regionais, Luiz Paulo de Almeida Neto, será o medidor de um painel de debates na tarde de quinta-feira.

Organizado pela Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), o evento, que será realizado nesta quarta e quinta-feira (dias 6 e 7 de julho), no Hotel Holiday In Parque Anhembi, vai reunir os maiores especialistas do mundo em perdas de água. Entre os palestrantes internacionais destacam-se Sue Mosburg, da AWWA (American Water Works Association), que contará a experiência vivida pela Califórnia, que passou por crise hídrica semelhante à de São Paulo.

Especialista em gestão de perdas de água, Ronnie Mckenzie, da IWA (International Water Association), defende a redução de pressão como principal medida contra o desperdício da água. Essa técnica, adotada em 1997 pela Sabesp, foi reforçada no auge da crise hídrica, chegando a resultar em uma economia de 13 mil litros por segundo, o que daria para atender quase quatro milhões de pessoas.

“A experiência da Sabesp com o financiamento do Programa Corporativo de Redução de Perdas - seus aspectos de captação, execução e resultados” será o tema da palestra do gerente de departamento da Sabesp, Marcelo de Assis Rampone. O gerente do Departamento de Controle de Perdas e Planejamento Operacional, Maurício Souto Maior, falará sobre a redução de perdas nos sistemas regionais da Sabesp.

Na quinta-feira, o modelo de contratação por performance para levar água em áreas sociais será tema das palestras feitas pelo gerente do Departamento de Planejamento Integrado, Maycon Rogério Abreu, e o gerente do Departamento de Planejamento Integrado e Relações Comerciais da Unidade de Negócio Oeste, Meunim Oliveira Júnior.

“As adversidades e os reflexos da escassez hídrica na redução de perdas na região central de São Paulo” será tema da palestra da gerente da Divisão de Perdas da Unidade Centro, Débora Soares. Também na quinta-feira, o gerente da Superintendência de Planejamento e Desenvolvimento, Benemar Tarifa, falará sobre os números da submedição nos hidrômetros.


Sabesp prorroga financiamento de R$ 1,5 bi com a Jica

A Sabesp iniciou em 2009 um Programa de Redução de Perdas, que já investiu R$ 3,6 bilhões em ações de combate a perdas. Essas medidas resultaram em uma queda de 4 pontos percentuais no Índice de Perdas relativo à Micromedição, de 34,1% para 30,1%. Essa redução corresponde a uma economia de cerca de 211 milhões de m³, volume suficiente para abastecer uma população de mais de 2,2 milhões de habitantes, equivalente a soma dos municípios de São Bernardo do Campo, Osasco e São José dos Campos.

Recentemente, a Sabesp prorrogou por mais três anos o financiamento de R$ 1,5 bilhão com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, na sigla em inglês) para a substituição de 674 km de redes e a troca de 75 mil ramais, além de obras de adequação de setores de abastecimento, como a implantação de VRPs e booster, e a implantação de distritos de medição e controle (DMCs), uma espécie de subdivisão dos setores. A publicação dos editais de licitação será feita no segundo semestre e as obras devem começar no início de 2017.

Com a prorrogação do financiamento até 2019, a Sabesp tem como meta reduzir as perdas totais para 27,6% até 2020, patamar semelhante ao de países como França e Itália, que apresentam índices entre 25% e 29%. Já as perdas físicas, decorrentes de vazamentos em redes e ramais, a meta é passar dos atuais 19,8% para 17,9%, comparável aos melhores sistemas de abastecimento do mundo, como o Reino Unido (16%).

As perdas totais são dividas em duas partes: as físicas, que correspondem ao volume de água não consumida, perdida em vazamentos desde a estação de tratamento até o ponto de entrega aos clientes; e as perdas aparentes, que são os volumes consumidos e não medidos, como fraudes e “gatos”. A Sabesp, inclusive, tem centrado esforços no combate a fraudes, reforçando a fiscalização.

Somente nos cinco primeiros meses do ano foram identificados 9.428 casos, um aumento de 34% em relação aos 7.012 registrados em 2015. O volume de água desviado com essas fraudes foi de 1,444 bilhão de litros, suficiente para abastecer uma cidade do porte de Ferraz de Vasconcelos, com 182 mil habitantes, durante um mês inteiro.


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