Sistema Flex da Sabesp permite integração de mananciais e maior segurança hídrica

Data: 06/06/2016
Fonte: Sabesp


A Sabesp conta com um Sistema Flex que integra seus mananciais e permite que os reservatórios, instalados em pontos estratégicos nos bairros, sejam abastecidos por mais de um sistema produtor de água. A medida foi utilizada durante a crise hídrica e foi essencial para a recuperação do Cantareira.

Essa integração ocorre nos oito sistemas produtores da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) pelas tubulações que levam água aos 219 reservatórios existentes na região. Ou seja, ao sair da estação de tratamento de cada manancial, a água é transportada aos reservatórios que dão sequência à distribuição até as residências.

Normalmente, cada sistema produtor tem um limite de atendimento e encaminha a água tratada para uma quantidade certa de reservatórios. Esse limite é dado principalmente pela topografia de cada região, ou seja, um único reservatório pode ser abastecido por mais de um sistema, caso o relevo e o sistema de tubulações permitam. No entanto, durante a crise hídrica, esse processo foi aprimorado e ampliado, flexibilizando, ainda mais, alguns sistemas e consequentemente alterando sua área de atendimento. Sendo assim, mais reservatórios puderam se tornar “flex”.

Essa manobra só é possível porque a Sabesp faz uso de tecnologias como elevatórias (para elevar a água até os pontos mais altos), boosters (para bombear a água, mas com a função de empurrá-la para alcançar áreas mais distantes), válvulas controladoras de vazão (para controlar a passagem de água de um sistema) e válvulas redutoras de pressão – VRPs (para reduzir a pressão da rede de abastecimento antes de chegar às residências, essencial para a redução de perdas de água nas tubulações).

"A grande vantagem dessa flexibilidade é o atendimento ao cliente que, dentro das limitações do sistema, não é prejudicado caso aconteça alguma eventualidade. Além disso, a medida permite que um sistema socorra o outro, minimizando, por exemplo, os efeitos da seca em algum deles em época de pouca chuva. Isso acaba beneficiando todo o sistema integrado", explicou o Alexandre Tassoni, gerente da Divisão de Operação da Adução da Produção da Sabesp.

Essa flexibilidade, assim como algumas obras emergenciais, foram de extrema importância para a superação da crise hídrica. Na época, a integração dos sistemas permitiu que 3,5 milhões de pessoas deixassem de consumir água do Cantareira, passando a ser abastecidas principalmente pelo Guarapiranga, Alto Tietê e Rio Grande.


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