Colaborações sólidas em pesquisa

Data: 30/03/2016
Fonte: Agência Fapesp
Esta reunião representa uma oportunidade importante para a formação de novas colaborações e para o desenvolvimento de oportunidades em pesquisa”, disse James Holloway, vice-pró-reitor da University of Michigan (UM), a respeito da FAPESP Week Michigan-Ohio, que teve início nesta segunda-feira (28/03), em Ann Arbor, Estados Unidos.

“É uma reunião, primeiramente, para a apresentação de resultados de projetos de pesquisa, mas ela é também sobre o nosso próprio trabalho em conjunto e sobre o impacto desse trabalho. É uma oportunidade que aponta caminhos para engajar intelectualmente nossos pesquisadores e nossos estudantes em sólidas colaborações internacionais”, disse Holloway.

“Estamos muito empolgados com a parceria que temos com a FAPESP desde 2012, quando assinamos um acordo para iniciar o apoio a pesquisas colaborativas entre pesquisadores do Estado de São Paulo e da University of Michigan”, disse Holloway.

FAPESP e UM lançaram conjuntamente duas chamadas de propostas, que resultaram na seleção de nove projetos de pesquisas. Em 2015, a UM participou de uma chamada do Programa FAPESP - São Paulo Researchers in International Collaboration (SPRINT), cujo resultado será anunciado em breve.

Alexandra Minna Stern, diretora do Center for Latin American and Caribbean Studies da UM, destacou que o programa do simpósio mostra, em sua diversidade de temas, a abrangência do acordo entre FAPESP e UM.

“Os projetos que selecionamos e apoiamos são de várias áreas do conhecimento e conduzidos por pesquisadores de uma ampla gama de disciplinas. É empolgante ver os resultados do trabalho conjunto de cientistas da University of Michigan e de São Paulo e conferir a formação de redes para colaborações em pesquisa”, disse.

Joseph Kolars, diretor da Global REACH, programa da Escola de Medicina da University of Michigan criado para promover iniciativas internacionais em educação e pesquisa em saúde, ressaltou o impacto das parcerias nas áreas de Saúde e Medicina.

“A colaboração estratégica com o Estado de São Paulo, por meio da FAPESP, é uma das mais importantes parcerias de nossa escola e nos tem ajudado a aprender a lidar conjuntamente com problemas complexos”, disse.

“Um exemplo está na prevalência do câncer suprarrenal no Brasil, uma das maiores no mundo, mas uma doença rara nos Estados Unidos. Entretanto, a Escola de Medicina da University of Michigan tem experiência no tema, motivado pelos pacientes que nos procuram, e a colaboração com pesquisadores brasileiros tem permitido avançar no conhecimento e no tratamento desse problema”, disse.

Fundada em 1817, a UM é uma das principais universidades norte-americanas. É uma instituição pública com mais de 51 mil alunos – de mais de 100 países – em três campi, nos quais se destacam um dos maiores complexos na área de saúde e o principal sistema de bibliotecas universitárias no país. Suas 17 escolas e faculdades oferecem mais de 5,5 mil cursos de graduação.

A FAPESP Week Michigan conta com apoio do Brazil Initiative no Latin American and Caribbean Studies Center e da Brazil Platform no Global Reach, ambos centros da University of Michigan.

Apoio abrangente

A palestra de abertura da FAPESP Week foi feita por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, que mostrou ao público presente na Michigan Union um panorama da pesquisa científica e tecnológica feita no Estado de São Paulo e apoiada pela FAPESP.

“Pesquisadores do Estado de São Paulo respondem por cerca de 45% da ciência feita no Brasil. São Paulo publica mais artigos científicos do que qualquer outro país latino-americano. E uma parte relevante do financiamento à pesquisa no Estado vem da FAPESP, uma fundação pública com a missão de apoiar pesquisas em todas as áreas do conhecimento”, disse.

A produção científica paulista é demonstrada também pela quantidade e pela qualidade das propostas de pesquisas recebida pela FAPESP. “Em 2015, recebemos cerca de 25 mil propostas, das quais 40% foram aprovadas, o que, mundialmente, é uma taxa elevada”, disse Brito Cruz, destacando que as propostas foram analisadas em uma média de 64 dias, o que mostra a agilidade no processo de avaliação.

O diretor científico mencionou algumas linhas estratégicas da atuação da FAPESP, como o programa de Bolsas, que tem ajudado a criar a “nova geração de cientistas para o país”.

Outra linha importante da FAPESP está nas pesquisas iniciadas por iniciativa dos próprios cientistas. “Um exemplo está nos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), que são financiados por 11 anos para desenvolver pesquisa básica ou aplicada, focada em temas específicos, e que devem transferir tecnologia para a indústria ou para a sociedade e disseminar a ciência para o público geral. Temos 17 CEPIDs”, disse.

Brito Cruz falou também do crescente programa da FAPESP para apoiar a pesquisa conjunta entre universidade e empresa, que conta com as universidades paulistas e parceiros como Microsoft, Agilent, Braskem, Oxiteno, Sabesp, Vale, Intel, Boeing e dezenas de outros.

Outras iniciativas destacadas foram o Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e os Centros de Pesquisa em Engenharia – que a FAPESP tem criado com grupos como Peugeot Citröen, GSK, Natura e British Gas.

O diretor científico falou ainda dos mecanismos que a FAPESP oferece para levar cientistas de outros países a fazer pesquisa no Brasil. Entre os exemplos citados estão as Bolsas de Pós-Doutorado, o Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, o Auxílio à Pesquisa – Pesquisador Visitante, as Escolas São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) e o São Paulo Excellence Chair (SPEC).

Mais informações sobre a FAPESP Week Michigan-Ohio: www.fapesp.br/week2016/michigan-ohio.


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