Comitiva mexicana visita Sabesp para conhecer ação de combate às perdas de água

Data: 04/03/2016
Fonte: Sabesp



A Sabesp recebeu nesta quinta-feira (3/3) um grupo de executivos da companhia Sistema de Aguas da Ciudad de México (SACMEX), responsável pelo saneamento básico da capital mexicana, uma das cidades mais populosas do mundo. O intuito da visita é buscar na Sabesp experiências de sucesso desenvolvidas pela companhia paulista por meio de contratos de performance, cuja operação baseia-se em um modelo inovador de licitação em que a empresa vencedora é remunerada pelos resultados obtidos.

Dentre elas, o que chama a atenção da SACMEX são as ações de combate às perdas de água lançadas pela Sabesp, que fizeram o índice de vazamentos da companhia na Região Metropolitana de São Paulo chegar a 17,6%, comparável ao de países europeus como Itália e França.

Com os contratos de performance, a Sabesp já atua no combate às perdas de água, na cobrança de débitos e na obstrução de rede de esgotos. Um dos exemplos mais recentes é o que tem como foco às perdas de água em áreas de baixa renda, cuja ofensiva prevê instalar redes de água para 120 mil imóveis construídos em área informal na Grande São Paulo, sendo 70 mil desses na capital. A operação visa garantir água de qualidade para quase 400 mil pessoas, que hoje fazem “gatos” para se abastecer. Pretende também diminuir as perdas com vazamentos, já que as mangueiras puxadas para levar água a esses imóveis costumam sofrer com furos constantes, que podem inclusive permitir a entrada de sujeira.

O trabalho já começou na comunidade Pegasus, na cidade de Embu das Artes, onde os 1.141 imóveis foram ligados à rede de água entre novembro de 2015 e janeiro passado. Nesse período, a Sabesp conseguiu evitar que 17 milhões de litros de água potável se transformassem em perdas.

Para ter uma ideia do alcance do pacote promovido pela companhia, a estimativa é que deixem de ser perdidos até 2,5 bilhões de litros de água a cada mês com as novas ligações. Desse volume, 1,25 bilhão de litros por mês deixarão de vazar pelas mangueiras improvisadas, volume suficiente para abastecer 114 mil imóveis – equivalente a uma cidade do porte de São Vicente, Itaquaquecetuba ou Piracicaba. Além disso, outros 1,3 bilhão de litros mensais passarão a ser recuperados também pela companhia em perdas aparentes, já que hoje a água consumida nas moradias informais não é faturada.

Todos os clientes residenciais que forem conectados na operação serão incluídos na tarifa social – que hoje é de R$ 7 para residências que consumam até 10 metros cúbicos mensais, ou 33% da tarifa normal. O consumo médio desses imóveis é de 10,9 metros cúbicos mensais.


< voltar