Jerson Kelman fala sobre "Saneamento Nível A" em evento da Aesp

Data: 19/02/2016
Fonte: Sabesp






Aconteceu ontem (17) o seminário "Processo de Migração do Rádio AM para o FM" , promovido pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp), no edifício-sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O evento foi aberto pelo presidente da associação, Paulo Machado de Carvalho Neto, e contou com a participação do presidente da Sabesp, Jerson Kelman, que trouxe para o debate o tema "saneamento nível A".



"Não há nenhuma razão para nós brasileiros nos contentarmos com um padrão civilizatório inferior a que outros países atingiram. Ao invés de buscarmos o nível A, um padrão melhor, estamos nos nivelando pela capacidade de pagamento dos mais pobres", afirmou Jerson Kelman com relação ao saneamento em São Paulo. "Se queremos serviços de melhor qualidade, nós temos que, por um lado, proteger economicamente a população mais carente, garantindo que eles possam pagar a conta no nível que sua renda permita e, do outro lado, nós, da classe média alta, precisamos ter mais fiscalização, exigir mais das empresas de saneamento, que devem ser mais eficientes e produzir mais com menos. Temos que avançar no processo civilizatório e não ficar feliz porque pagamos uma conta baratinha por um serviço que não é aquele que gostaríamos de ter", acrescentou.





Na foto, o Presidente da Sabesp, Jerson Kelman, acompanhado do Presidente da Aesp, Paulo Machado de Carvalho Neto e outros participantes, na mesa que deu início ao seminário



Na ocasião, a Aesp lançou a campanha "Saneamento Nível A - uma causa da AESP", que prevê a divulgação, em todas as rádios associadas, do trabalho da Sabesp na busca por cidades 300%, destacando que cerca de 200 municípios já comemoram índices de 100% de água, 100% de coleta de esgotos e 100% de tratamento. Engajada na causa, a Aesp criou também um selo especial sobre o tema para marcar a importância da Sabesp ampliar sua capacidade de investimento, cuja fonte de recursos é exclusivamente da receita das contas de água, para seguir avançando nos 365 municípios operados pela empresa.


"A Sabesp não recebe um centavo do governo. Nenhum centavo vem do contribuinte, de impostos. Os recursos vêm unicamente das contas de água pagas pelos consumidores. A campanha de fraternidade deste ano vem divulgando uma situação constrangedora para o saneamento no Brasil. Não é o caso de São Paulo. Ele é líder do pais em termos de saneamento, mas ainda não temos padrão francês, americano. Não nos falta capacidade técnica, tecnológica, de recurso humanos. A dificuldade está na capacidade de investimento, que vem da receita conta de água", afirmou o presidente, após resumir o histórico da estiagem e destacar as principais ações da Sabesp para enfrentar a situação.



Certo do importante trabalho de utilidade pública desenvolvido pelas emissoras ao longo da crise hídrica, o presidente Jerson Kelman agradeceu a atuação das empresas e dos profissionais desse segmento. “Quero aproveitar e agradecer as empresas de radiodifusão pelo papel que tiveram durante a crise de água. As emissoras de rádio e TV conseguiram fazer com que nós aqui, da Região Metropolitana, passássemos pela crise sem um colapso social. Sem a colaboração da mídia na difusão de mensagens e, por outro lado, sem a adesão da população na iniciativa de economizar água, a crise hídrica teria sido muito pior.”



Rodrigo Neves, do Grupo Bandeirantes e ex-presidente da Aesp, Eduardo Cappia e José Mauro de Ávila, líder e vice-Líder do Comitê Técnico Aesp, respectivamente, e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também estiveram presentes no evento.





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