O saneamento como pauta de responsabilidade social

Data: 08/12/2015
Fonte: Caern

Publicado em: 07/12/2015
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Os natalenses vivenciam um momento histórico para o desenvolvimento da cidade: ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Natal resultando em praticamente 100% de cobertura, com investimentos superiores a R$ 500 milhões nas quatro zonas da capital. Mas para que o antes, durante e depois as obras tenham êxito, cada morador deve ser protagonista nesse processo, entendendo as etapas desde a instalação da rede coletora nas ruas até a efetiva coleta e tratamento de esgotos.

Para tanto, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) vem desenvolvendo o trabalho de mobilização social. Além de informes à população através de visitas domiciliares, nas áreas onde as obras estão sendo executadas, a Caern realiza reuniões com lideranças comunitárias, agentes de saúde, palestras em escolas (com apresentações lúdicas de Mamulengo e distribuição de panfletos informativos sobre o Sistema de Esgotamento Sanitário).

“Visitamos as ruas em obra, informando e tirando as dúvidas porta a porta. Explicamos que haverá transtornos como barulho, poeira, bloqueio da entrada de uma garagem, por exemplo. Mas, principalmente, que tudo isso é passageiro e necessário para um benefício maior no final: saúde e qualidade de vida”, explica a educadora ambiental da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Marineida Oliveira.

Devido à complexidade do trabalho, além de toda a equipe técnica que trabalham diretamente nas obras, a Caern criou um grupo com profissionais - Grupo Técnico de Acompanhamento de Obras Especiais (GAO/DE) que trabalham exclusivamente no gerenciamento desse convênio, cujo recurso é oriundo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) do Governo Federal.

O GAO segue o cronograma de obras e planejamento traçado. Somente de junho a novembro os mobilizadores sociais, como são chamados, visitaram domicílios em Mirassol, Capim Macio, Pitimbu (Conjunto dos Bancários e Vale Pitimbu), parte de Candelária, Lagoa Nova, Planalto, Potengi, Pajuçara, Nossa Senhora da Apresentação e da Redinha.

Além de panfletos e conversa franca com os moradores, a Caern também investiu em bicicletas e carro de som que divulgam um spot criado especialmente para este momento de muitas intervenções e transtornos. “São quatro frentes de trabalho, muita coisa sendo realizada ao mesmo tempo”, comenta Marineida. “Nossos mobilizadores atuam devidamente identificados”, acrescenta.

Quando a população entende que os transtornos são passageiros e necessários, o trabalho das empresas executoras das obras flui melhor, já que seus trabalhos interferem diretamente na rotina da rua. Uma vez que a rede coletora e o ramal predial que receberão o esgoto domiciliar são instalados, o êxito no processo depende também do morador, que deve aguardar o aviso da Caern para que execute a ligação de sua casa à rede.

“Se isto for realizado antes do sistema de esgotamento ser concluído, haverá transtornos para o meio, transbordamento do esgoto na via, porque os efluentes não serão devidamente bombeados para a estação de tratamento”, explica Marineida. É explicado à população que nesse primeiro momento estão sendo construídas apenas às redes e os ramais de esgotos.

Falta os demais componentes necessários ao funcionamento do Sistema de Esgotos, principalmente as ETE’s (Estações de Tratamento) e as caixas de coleta de esgotos. Quando todo o sistema estiver concluído, as ligações domiciliares poderão ser efetivadas.

A Caern envia comunicado autorizando a ligação do imóvel em até 30 dias do recebimento deste aviso. Após esse prazo, haverá a cobrança de uma taxa relativa ao serviço de esgotamento, que corresponde a 70% do valor da tarifa de água do imóvel.

NÚMEROS

Nos meses de junho a agosto foram visitados em torno de 3.000 imóveis, sendo em média 1500 na Zona Sul e 1.500 na Zona Norte da cidade. Em setembro foram mais 1.561 imóveis na Zona Norte e 1.543 na Zona Sul. Em outubro foram 1.697 visitas na Zona Norte e 312 na Zona Sul. E o mês de novembro contabiliza quase 1.300 intervenções domiciliares, em parte do Potengi. Totalizando no período de junho a meados de novembro, 9.413 visitas domicílios.

Lideranças comunitárias e escolas são multiplicadoras

O teatro de fantoches é usado de forma lúdica para multiplicar os conhecimentos sobre educação ambiental com foco no esgotamento sanitário. Líderes comunitários, agentes de saúde e estudantes de diversas idades são o público alvo na construção de multiplicadores destas informações.

As reuniões do trabalho social são realizadas pelos técnicos de engenharia em controle ambiental da Caern, vinculadas à Gerência de Controle de Empreendimentos (GCE), em parceria com a Gerência de Qualidade da Água (GQM).

Segundo Teônia Casado, técnica na área, somente este ano foram 14 reuniões que formaram multiplicadores, pessoas em contato direto com moradores de sua região. “Além destas pessoas, os próprios moradores que são mais envolvidos com as questões sociais de seu bairro, também são convidados a participar”, comenta Casado.


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