Advogado Rubens Naves lança livro em evento com o presidente Jerson Kelman

Data: 27/11/2015
Fonte: Sabesp


Na última quarta-feira (25), o advogado Rubens Naves lançou seu novo livro, “Água, crise e conflito em São Paulo”. O evento foi realizado na sede da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), na capital, e contou com um debate sobre o tema do livro: as medidas adotadas pela Sabesp para ampliar a prestação de serviços à população do estado e as demandas judiciais que envolvem os municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Participaram do debate o autor do livro e o presidente Jerson Kelman. A mediação foi do jornalista Juca Kfouri.


Atualmente, Naves representa a Sabesp nas ações judiciais que envolvem três municípios permissionários da Grande São Paulo que compram água por atacado da Sabesp: Guarulhos, Mauá e Santo André. Em junho de 2015, a dívida total das três cidades com a Sabesp chegava a mais de R$ 7,3 bilhões. Durante o debate, Juca Kfouri perguntou o motivo para não cortar o fornecimento às cidades devedoras. “O perverso nessa situação é que os usuários de água de Guarulhos, Santo André e Mauá pagam às autarquias municipais, que não repassam esse dinheiro para a Sabesp. Não faz sentido cortar o fornecimento, pois dessa forma a população seria punida”, respondeu o advogado.



Entre os diversos assuntos abordados, Kelman falou sobre a atuação da empresa diante da crise hídrica. "São Paulo não foi submetido ao rodízio. Era o último recurso, mas descartamos porque impõe uma série de riscos à população", destacou. "A seca foi absolutamente excepcional, com probabilidade de acontecer a cada 250 anos. São Paulo não corre o risco de ficar sem água. Nossa obrigação é estarmos preparados para a repetição. Com a crise, passamos a produzir menos 20 m³/s para a RMSP. Qual a solução? Em três anos, a Sabesp vai acrescentar mais 20 m³/s para sua capacidade de produção. Fizemos obras emergenciais e teremos mais obras estruturantes", prosseguiu o presidente.

Kelman também ressaltou a importância do lucro para a companhia, por não depender de subsídios estatais e também sobre o repasse aos acionistas. “A Sabesp não recebe um centavo do Governo do Estado. É raro isso no país. O recurso para os investimentos vem do lucro, que é o valor pago pelo consumidor. Lucro não é pecado. A Sabesp distribui como dividendos o mínimo que a lei obriga, 25%. Desse valor, metade vai para o Governo do Estado, que é o principal acionista”, ponderou.


O autor

Rubens Naves é autor de diversos artigos, trabalhos e publicações ligados ao Direito. Há mais de 45 anos está envolvido com as questões relacionadas ao saneamento. Em 1970, ingressou na Comasp (Companhia Metropolitana de Águas de São Paulo), autarquia que três anos depois deu origem à Sabesp, juntamente à Saec, Fesb, Sanesp, Sanevale e SBS. Também atuou na Superintendência Jurídica da Sabesp (CJ), no Conselho Estadual do Meio Ambiente e foi diretor da CESP (Companhia Energética de São Paulo





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