Presidente da Sabesp participa do "The Summit Brazil", fórum organizado pela revista britânica The Economist

Data: 29/10/2015
Fonte: Sabesp
O atual cenário brasileiro e os possíveis caminhos para superar a crise econômica do Brasil foram os temas centrais do The Summit Brazil, fórum organizado pela revista britânica The Economist, que aconteceu no dia 27 de outubro, no Grand Hyatt Hotel.

Para os nove encontros previstos na programação, foram convidados os mais importantes líderes do cenário político e econômico do País. Além do presidente da Sabesp, Jerson Kelman, compuseram os painéis nomes como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy; o juiz federal Sérgio Moro; o presidente do conselho da BM&FBovespa, Pedro Parente; o jornalista e político Fernando Gabeira; a jornalista da GloboNews, Mônica Waldvogel; o presidente do conselho de administração do Itaú-Unibanco, Pedro Moreira Salles; o editor sênior da The Economist, Michael Reid; e Jan Piotrowski, chefe da sucursal da The Economist em São Paulo.

Foram discutidos assuntos estratégicos como o impacto das novas medidas anunciadas pelo Governo Federal, perspectivas dos gigantes dos negócios nacionais que estão se expandindo fora do país, o comportamento dos investidores estrangeiros, uma análise de como o Brasil pode atrair pesquisadores de fora e, claro, um dos assuntos mais relevantes do momento, a crise hídrica na Região Sudeste, tema da mesa "Resolvendo a crise da água: como o país - considerado a Arábia Saudita da água -, acabou com o transtorno hídrico?", da qual o presidente da Sabesp era o principal convidado.


Na mesma mesa de discussões de Jerson Kelman estavam Marussia Whately, coordenadora da Aliança pela Água – coalizão da sociedade civil que existe para contribuir com a construção de segurança hídrica em São Paulo –, e o israelense Amir Peleg, CEO da start-up (empresa iniciante de tecnologia) TakaDu, que usa inteligência artificial para combater o desperdício de água.




Sob a moderação de Jan Piotrowski, Kelman explicou que é necessário aumentar a confiabilidade do sistema e consequentemente, o montante de investimentos, que precisa estar alinhado à capacidade financeira da empresa.



"Podemos fazer apenas aquilo que o nível da nossa remuneração permite", disse Kelman, lembrando que a Sabesp vive não apenas uma crise hídrica, mas uma crise financeira e que, além de ter menos água para vender e oferecer desconto para estimular a redução do consumo, precisa cuidar do limite de endividamento. Em sua opinião, o intervalo entre a última crise hídrica, em 2004, e a de 2014, de dez anos, foi muito curto.



Kelman acrescentou que, embora a empresa possa identificar pontos passíveis de melhoria, algumas questões inerentes da sua operação precisam ser equacionadas. A informalidade das moradias é apontada como um dos gargalos que precisam ser considerados ao avaliar a atuação da Sabesp. "Tem lugares para onde não conseguimos levar água ou recolher esgoto, já que cerca de 10% da população de São Paulo vive em favelas", disse.



Amir Peleg também explicou como funciona sua tecnologia para combater a perda de água: “O que fazemos é aplicar uma análise de dados robusta em diferentes informações que as concessionárias possuem graças aos medidores que usam em suas redes. Analisamos dados sobre fluxo, pressão, qualidade da água, nível dos reservatórios e informações sobre a localização dos encanamentos. Combinando esses dados com matemática, estatística e algoritmos, é possível detectar eventos e anomalias na rede.”



"Estamos estudando isso", respondeu Kelman ao ser perguntado se a companhia pensa em estender para 2016 o programa de concessão de bônus na tarifa para usuários que economizarem água. No dia 13 de novembro, quando a empresa discutirá com os acionistas os resultados do terceiro trimestre, a companhia poderá informar se o atual programa de bônus será interrompido e, se for estendido, os termos em que isso acontecerá. A Sabesp só não foi alvo de mais perguntas por conta do tempo destinado a cada um dos painéis, seguido praticamente a risca, já que um dos hábitos mais conhecidos dos britânicos é a pontualidade.





Jan Piotrowski, minutos antes de chamar os integrantes do painel da crise hídrica;

Jerson Kelman, em conversa com Amir Peleg e outros líderes presentes no evento



O evento foi fechado com uma síntese dos principais assuntos abordados durante o dia, em um painel que reuniu Michael Reid, Jan Piotrowski e o publicitário Nizan Guanaes.





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