Sabesp entrega obra que reduz o uso do Sistema Cantareira na Avenida Paulista

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) concluiu mais uma obra que vai levar mais água do Sistema Guarapiranga para abastecer a região da avenida Paulista. São cerca de 500 litros por segundo a mais de água potável desse sistema para o espigão da Paulista. Essa medida vai reduzir o uso do Sistema Cantareira.

A melhoria que entrou em operação é o resultado de uma série de investimentos da Sabesp. A companhia ampliou a produção de água tratada do Sistema Guarapiranga com a instalação de membranas ultrafiltrantes, tecnologia de ponta. O equipamento fez com que a capacidade do sistema subisse de 15 mil litros por segundo para 16 mil litros por segundo.

Para levar esse volume adicional até as casas e prédios, a Sabesp restaurou uma tubulação de 6.600 metros de extensão que sai do Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo. Ela passa por baixo das avenidas Vereador José Diniz, Ibirapuera, 23 de Maio e Pedro Álvares Cabral, cruza ao lado do parque Ibirapuera e termina na rua França Pinto, em um terreno vizinho ao Museu de Arte Contemporânea (antiga sede do Detran).

A água, com isso, está sendo bombeada até o reservatório Paulista, na região da rua 13 de Maio. A partir desse ponto entra nas redes de abastecimento, as tubulações nas ruas que fazem a água chegar até as casas.

Antes da crise, a Paulista era abastecida principalmente pelo Cantareira, mas o Guarapiranga já fornecia cerca de 1.000 litros por segundo para atender à região da avenida. Agora, com os investimentos realizados pela Sabesp, o reservatório Paulista, que antes da crise recebia 60% de sua água do Cantareira, passa agora a ter apenas 10% de água desse sistema. O Guarapiranga passa a fornecer 90% de seu volume. Além do avanço em direção à avenida Paulista, a água adicional que é tratada pelas membranas no Sistema Guarapiranga está sendo utilizada em outras áreas da Grande São Paulo, diminuindo a utilização do Cantareira.

As obras realizadas

O pacote de obras que permitiu que mais água do Guarapiranga chegue à avenida Paulista tem duas grandes ações. A primeira foi a instalação das membranas ultrafiltrantes na Estação de Tratamento de Água. Agora, a Sabesp concluiu a reativação de uma adutora de 6.600 metros de extensão.

Essa tubulação enviou água do Guarapiranga para a região da Paulista até 2001, quando aumentou a participação do Cantareira no abastecimento da avenida. Com isso, essa adutora passou a funcionar como reserva. Outras duas tubulações paralelas iguais, com 1 metro de diâmetro, continuaram levando água do Guarapiranga para o espigão da Paulista nesse período.

Nos últimos 90 dias, a Sabesp executou a reativação da adutora que estava como reserva. Para isso, realizou inspeções, instalou válvulas e executou testes de estanqueidade. Instalou também 550 metros de tubos novos, de PEAD (um plástico muito resistente), em dois trechos de tráfego muito intenso, como medida preventiva por causa do desgaste causado pelo trânsito. É como colocar um “tubo dentro do tubo”. A colocação foi feita no viaduto dos Bandeirantes e na esquina da avenida Ibirapuera com a avenida República do Líbano. Foram feitos ainda ajustes operacionais na estação de bombeamento França Pinto.

Em 2014, o sistema Guarapiranga já havia avançado para os bairros Vila Olímpia, Jabaquara, Pinheiros e para parte do município de Osasco, que antes eram atendidos pelo Cantareira.



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