Pesquisas podem ajudar a reduzir uso de água na agricultura, defende Apecs

Data: 07/05/2015
Fonte: apecs
Levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que aproximadamente 70% de toda a água disponível no mundo é utilizada para irrigação. Reconhecido como um dos maiores produtores mundiais de alimentos, o Brasil precisa buscar novas técnicas para melhorar a gestão dos recursos hídricos diante da escassez de água. “Os governos precisam incentivar as pesquisas, que aumentem a eficácia do uso de água na agricultura”, defende Luiz Roberto Gravina Pladevall, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente).

As perdas no setor ainda são grandes, conforme aponta estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês). Segundo a instituição, cerca de 60% da água utilizada em projetos de irrigação é desperdiçada por fenômenos como a evaporação. O órgão aponta ainda que uma redução de 10% nas perdas seria capaz de abastecer o dobro da população mundial dos dias atuais.

“Israel já desenvolveu tecnologia capaz de reduzir em 30% o uso de água na agricultura”, aponta Pladevall. Segundo o dirigente, o país conseguiu criar sistemas alternativos de irrigação por gotejamento, que proporcionaram uma grande economia de água. Israel também conta com histórico de reuso da água. Hoje, mais de 40% dos recursos hídricos da agricultura naquele país vem da água de reuso.

“É claro que as técnicas israelenses de gotejamento, por exemplo, podem necessariamente não atender às demandas brasileiras. O que defendemos é que a gestão de recursos hídricos deve ser intensificada no setor agrícola. Caso contrário, corrermos sérios riscos de aumento de custos da produção no agronegócio, além de quebra de safras”, afirma Pladevall.

Histórico

A Apecs foi fundada em 1989 e congrega atualmente cerca de 40 das mais representativas empresas de serviços e consultoria em Saneamento Básico e Meio Ambiente com atuação dentro e fora do país.

Essas empresas reúnem parte significativa do patrimônio tecnológico nacional do setor de Saneamento Básico e Meio Ambiente, fundamental para o desenvolvimento social e econômico brasileiro, estando presente nos mais importantes empreendimentos do setor.


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