Edição nº: 207
Ano: 2017
Vicissitudes dos digestores anaeróbios de lodo no Brasil
Autores:
Miki, Marcelo Kenji
Resumo:
No Brasil, as atividades de projeto (concepção e dimensionamento) e operação de digestores anaeróbios de lodo acabaram incorporando certas práticas, que acabam por desfavorecer o uso mais racional deste tipo de processo. Enquanto que em países como EUA e Alemanha realizam contínuos esforços para o uso benéfico do biogás, no Brasil, mesmo em ETEs de grande porte, esta prática não se encontra muito difundida. Esta nota técnica destacou elementos de caráter técnico dos digestores anaeróbios de lodo com o intuito de subsidiar os estudos de viabilidade técnico-econômico-ambiental do uso benéfico de biogás. Estas questões de caráter mais técnico checam os fundamentos de tratamento de esgoto e proporcionam um melhor entendimento do tratamento de esgotos em nosso país. Em estudos de viabilidade, além das questões meramente econômicas, como a tarifa de energia elétrica e incentivos fiscais no Brasil, há outros elementos que deveriam ser reavaliados. A falta de preocupação na fase de projeto em relação ao regime de temperatura no interior dos digestores anaeróbios na faixa de 35ºC pode levar à falta de visão de um maior custo operacional devido à maior produção de lodo, bem como em outras questões operacionais relevantes, como recebimento de materiais que interferem negativamente no processo.
Palavras-chave: Digestor Anaeróbio, biogás, digestão mesofílica, uso benéfico.