Edição nº: 199
Ano: 2015
Uso de etanol como cossubstrato para micodegradação de corante azo
Autores:
Barbosa, Bárbara Chaves Aguiar; Miranda, Manuela Franco de; Gabriele, Camila Sabóia Morais; Pessoa, Kelly de Araújo Rodrigues; Wanderley, Carlos Ronald Pessoa; Silva, Glória Maria Marinho
Resumo:
DOI: http://dx.doi.org/10.4322/dae.2014.147

A indústria têxtil representa para o meio ambiente uma atividade potencialmente poluidora, visto que gera grandes volumes de efluentes. Os rejeitos dessa atividade sem o devido tratamento, ao atingir os manan- ciais, representam ameaça ecológica e podem causar, ainda, danos à saúde pública. Nesse intuito, o presente trabalho teve como objetivo a remoção do corante vermelho do Congo, de matéria orgânica carbonácea e de nutrientes de efluente sintético têxtil, utilizando biomassa imobilizada de Aspergillus niger AN 400 em reator em bateladas sequenciais. O etanol (0,5 g/L) foi adicionado ao meio como cossubstrato e o experimento foi realizado em escala laboratorial, tendo-se operado o reator durante 210 dias em 44 ciclos de 48 horas. Fo- ram analisadas as variáveis: corante, Demanda Química de Oxigênio (DQO) bruta e filtrada, amônia, nitrato, nitrito, ortofosfato, fósforo e monitoramento do pH. A remoção média, considerando o final de cada ciclo, foi de 92% de corante, 80% de DQO bruta e 82% de DQO dissolvida. Com relação à remoção de nutrientes, o sistema apresentou-se instável, revelando oscilação entre remoção e liberação. Observou-se que os fungos foram dominantes no biofilme, uma vez que, em relação às bactérias, se obtiveram quatro vezes mais fungos. Destarte, o emprego do etanol como cossubstrato mostrou-se viável para remoção de corante.