Ano: 1984
Di Bernardo, Luiz; Freire, Marcos de Luma
Apesar da superioridade da filtração com taxa declinante variável sobre a filtração com taxa constante, principalmente quando se empregam dispositivos automáticos de controle, uma questão que tem sido normalmente levantada diz respeito à variação de nível de água nos filtros com distribuição equitativa das vazões. Devido às variações de nível que ocorrem nesses dois métodos de operação, há um desnível entre as unidades de pré-tratamento e os filtros, provocando uma queda de água, a qual, poderão estar associados gradientes de velocidades elevados, suficiente para romper flocos não sedimentados. Como essa questão tem provocado dúvidas pela possível redução da eficiência dos filtros, com diminuição da duração carreira de filtração ou produção da água filtrada de qualidade inferior, foi realizado como objetivo de verificar a influência da queda de água na eficiência da filtração, utilizando-se de uma instalação piloto montada na galeria dos filtros da ETA de São Carlos. Com base na investigação experimental realizada, conclui-se que a queda de água é benéfica, pois, em relação aos filtros que operam com nível constante, os filtros com nível variável apresentaram carreiras de filtração mais longas e água filtrada de melhor qualidade quando operados com taxas de filtração m3/m2/dia.
